Sağlık Akademisi Kastamonu (Oct 2022)

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: VISÕES DAS EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS DAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA

  • Magali Aparecida Alves De Moraes,
  • Adriana Avanzi Marques Pinto,
  • Carlos Alberto Lazarini,
  • Elza De Fátima Ribeiro Higa,
  • Rafael Silvério Moraes

DOI
https://doi.org/10.25279/sak.1136835
Journal volume & issue
Vol. 7, no. Special Issue
pp. 51 – 52

Abstract

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Introdução: No Brasil, a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) foi constituída em conformidade com a Lei Orgânica da Saúde 8.080/90 por meio da Portaria GM/MS nº 198/2004 do Ministério da Saúde (MS), para formação e desenvolvimento dos profissionais da saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde. Novas estratégias e diretrizes foram definidas para implementação da PNPES, pela Portaria nº 1.996, de 20 de agosto de 2007. A PNPES precisa levar em consideração as características regionais, superando as necessidades e as desigualdades de desenvolvimento, bem como a formação para o trabalho em saúde das ofertas institucionais estabelecidas acerca das ações de educação na saúde. A EPS é uma estratégia educacional importante para realizar mudanças nos processos institucionais e fundamentada nos conceitos de aprendizagem significativa e de ensino problematizador, por meio do seu relacionamento com o serviço, docência e saúde. Objetivo: Esta pesquisa objetivou analisar as compreensões das equipes multiprofissionais sobre a Educação Permanente em Saúde (EPS) nas Unidades de Saúde da Família (USF). Método: Pesquisa qualitativa cujos dados foram coletados por entrevistas semiestruturadas em um município do interior paulista, no Brasil. Os dados foram analisados segundo a Hermenêutica-Dialética. Foram realizadas 50 entrevistas com os integrantes da equipe multiprofissional das USF. Resultados: A análise dos dados permitiu organizar cinco categorias analíticas: Identificar e resolver os problemas de gestão do trabalho, dos usuários e para a aprendizagem da equipe multiprofissional - notou-se a importância da EPS no cotidiano do trabalho dos gestores, da equipe multiprofissional e dos usuários, ficando evidente pelas falas dos participantes que a EPS acontece durante o processo de trabalho por priorizar a aprendizagem significativa; Agregar conhecimentos para compreender, avaliar, atualizar e melhorar o processo de trabalho - demonstrou importância da EPS como estratégia que valoriza e desenvolve mudanças na gestão e no trabalho em saúde; Trocar experiências, conhecimentos e vínculos entre a equipe multiprofissional e os usuários - permitiu refletir sobre a importância do compartilhamento de experiências e dos vínculos na APS, possibilitando desenvolver a EPS como ferramenta que considera os saberes de todos os envolvidos; Desenvolver educação em saúde - os participantes elencam diversas práticas de educação em saúde na transmissão de conhecimento, de forma que não apresenta consonância com o conceito da EPS; e compreender EPS como Educação Continuada (EC) - favoreceu a compreensão do contexto da EPS, no qual ficaram evidentes as dificuldades elencadas pelos participantes na diferenciação do conceito de EPS e de EC. Conclusões: Destaca-se que, no cenário das USF, os profissionais encontram dificuldades para compreender e desenvolver a EPS. A partir dos dados analisados nesta recomenda-se, a estruturação de estratégias, que possam viabilizar o desenvolvimento da EPS nas USF do município, fundamentadas na Lei 8080/90, na PNEPS de 2004, e em suas diretrizes de implementação da PNEPS de 2007 e da Política Nacional da Atenção Básica 2017. Espera-se também que esses resultados possam subsidiar reflexões para implementação de EPS tendo em vista o desenvolvimento da formação dos profissionais na gestão e no cuidado em saúde.

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