Semina: Ciências Agrárias (Aug 2020)
Efeito da adição de caseinato de sódio sobre a viabilidade do sêmen bubalino criopreservado
Abstract
O uso de sêmen resfriado em operações de inseminação artificial resulta em taxas de prenhez mais altas do que o uso de sêmen congelado. Esse resultado parece estar relacionado aos danos mais severos desencadeados pelo processo de congelação, quando comparado com o de refrigeração. Devido à sua capacidade de se ligar às proteínas ligadoras de espermatozoides e íons cálcio, o caseinato de sódio foi estudado quanto a sua capacidade de prevenir a capacitação espermática precoce, uma causa significativa de diminuição da taxa de prenhez com o uso de sêmen congelado. O primeiro objetivo deste estudo foi avaliar se um diluidor comercial a base de gema de ovo, destinado à congelação de sêmen bovino, poderia ser usado para a criopreservação de sêmen bubalino; o segundo objetivo foi investigar o efeito da adição do caseinato de sódio ao diluidor estudado durante os procedimentos de criopreservação de espermatozoides bubalinos. Foram empregadas a citometria de fluxo e a análise computadorizada do movimento espermático como métodos de avaliação seminal. Na primeira fase do estudo, comparando-se os resultados da cinética espermática e da integridade das membranas plasmática e acrossomal, observou-se que o processo de congelação promoveu mais danos celulares que o processo de resfriamento. Na segunda fase do estudo, não foram observados efeitos benéficos da adição de caseinato de sódio ao diluente empregado. A partir dos resultados do presente estudo, foi possível concluir que o diluente à base de gema de ovo foi adequado para a criopreservação do sêmen de bubalino e que a adição do caseinato de sódio não diminuiu os efeitos deletérios desencadeados pelo processo de criopreservação seminal.
Keywords