Arquivos do Instituto Biológico (Apr 2016)

Prevalência e fatores de risco para a leptospirose e brucelose na população canina da Estância Turística de Ibiúna, São Paulo, Brasil

  • Roberta Mascolli,
  • Francisco Rafael Martins Soto,
  • Fernanda Bernardi,
  • Fumio Honma Ito,
  • Sônia Regina Pinheiro,
  • Aline Gil Alves Guilloux,
  • Sérgio Santos de Azevedo,
  • Annielle Regina da Fonseca Fernandes,
  • Lara Borges Keid,
  • Zenaide Maria de Morais,
  • Gisele de Oliveira Souza,
  • Silvio Arruda Vasconcellos

DOI
https://doi.org/10.1590/1808-1657000842014
Journal volume & issue
Vol. 83, no. 0

Abstract

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RESUMO: O objetivo do trabalho foi determinar a prevalência de leptospirose e brucelose por Brucella canis e determinar os fatores de risco associados com a positividade em cães da Estância Turística de Ibiúna, estado de São Paulo, Brasil. Foram examinados 570 animais distribuídos em 4 regiões nos 48 bairros do município, no período de setembro de 2007 a março de 2008. O diagnóstico sorológico da leptospirose foi efetuado com o teste de soroaglutinação microscópica (SAM), e para o diagnóstico de brucelose foi realizado hemocultivo. Dos 570 animais examinados, 187 (32,8%; IC95% 28,9 - 36,8) foram soropositivos para leptospirose, com predomínio de reações para os sorovares Pyrogenes, Autumnalis e Canicola, e 6 (1,05%; IC95% 0,4 - 2,2) foram positivos para brucelose. A variável atividade sexual (OR = 1,73) foi identificada como fator de risco associado à positividade para leptospirose, e o manejo do tipo solto foi considerado fator de risco tanto para leptospirose (OR = 1,96) quanto para brucelose (OR = 10,85). Conclui-se que a leptospirose e a brucelose estão presentes em cães da Estância Turística de Ibiúna, São Paulo, e que a atividade sexual e o acesso irrestrito à rua são condições associadas com a prevalência das infecções.

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