Journal of Cardiac Arrhythmias (Oct 1992)
Influência da dispersao da refratariedade atrial e do distúrbio da conduçao atrial na induçao de fibrilaçao ou flutter atrial em indivíduos com síndrome de Wolff-Parkinson-White*,**
Abstract
Para avaliar a influência da dispersao da refratariedade atrial e distúrbio da conduçao atrial na induçao de fibrilaçao ou flutter atrial na síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) , revimos os resultados de estudo eletrofisiológico de36 indivíduos, portadores desta síndrome, sem cardiopatia orgânica, consecutivamente avaliados em nossa instituiçao. A populaçao foi dividida em dois grupos: grupo A, 13 indivíduos (36%) com fibrilaçao ou flutter atrial induzido e, grupo B, 23 indivíduos (64%) sem estas arritmias induzidos artificialmente. Nao houve diferença estatisticamente significativa, comparando-se grupo A versus grupo B, com relaçao aos seguintes parâmetros: idade (34±14 vs., 33±14a, p = 0,85); intervalo PA (34±6 vs., 33±6 ms, p = 0,75); intervalo AD-AE (69±12 vs., 70±6 ms, p = 0,83); período refratário efetivo atrial direito (207±41 vs., 212±45, P = 0,74) e esquerdo (226±36 vs., 226±35 ms, p = 1,00); período refratário efetivo anterógrado da via acessória (319±1 06 vs., 301 ±63 ms, p = 0,52); tempo de conduçao sino-atrial (164±36 VS., 157±38 ms, p = 0,59) etempo de recuperaçao sinusal corrigido (249±71 vs., 212±61 ms, p = 0,10). A dispersao da refratariedade atrial isolada ou associada a distúrbio da conduçao atrial foi observada em 22 indivíduos (61 %) e, destes, 9 (41 %) tinham fibrilaçao ou flutter atrial induzido artificialmente; em 14 indivíduos (39%) controles, 4 (29%) tinham tais arritmias induzidas (x2 = 0,58, P = 0,74). Concluindo, a dispersao da refratariedade atrial e/ou distúrbio da conduçao atrial nao identificou indivíduos com WPW com maior propensao à induçao de fibrilaçao ou flutter atrial durante estudo eletrofisiológico.