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Mototurismo: geographias renovadas de um fenômeno marginal

  • Jean Scol

DOI
https://doi.org/10.4000/viatourism.370
Journal volume & issue
Vol. 9

Abstract

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O mototurismo corresponde frequentemente a práticas marginais e códigos particulares para os quais a estrada, o ato de pilotar e a camaradagem desempenham papéis essenciais. As concentrações são um exemplo representativo das especificidades e do caráter marginal deste tipo de turismo. O mototurismo foi, aliás, por muito tempo ignorado ou rejeitado pelos territórios e pelos profissionais do turismo que tinham uma imagem negativa da motocicleta e do motociclismo. Mas os motociclistas mudaram. Eles são, em geral, mais velhos que antes, bem inseridos no seio da sociedade civil e dispõem frequentemente de rendimentos elevados. Representam, portanto, uma clientela turística de elevado potencial que convém atrair por meio da oferta de produtos e serviços adaptados às suas necessidades e especificidades. Tais produtos e serviços, oferecidos pelas coletividades, pelos profissionais ou pelo mundo associativo, adquirem sobretudo a forma de itinerários dedicados ou de hospedagens identificadas ou certificadas para motociclistas. Esta clientela vê, também, a multiplicação das operadoras de turismo especializadas. Da simples excursão regional a uma verdadeira volta ao mundo, as viagens vendidas aos motociclistas pelas operadoras geralmente respondem aos critérios da aventura, do esporte ou do luxo. Se, por um lado, muitos destinos propostos confirmam uma cartografia clássica do turismo mundial, outros – mais originais e marginais – se inserem em uma cartografia ao menos em parte renovada.

Keywords