Brazilian Journal of Infectious Diseases (Jan 2022)

EVOLUÇÃO DA COBERTURA VACINAL DE HPV EM MENINAS NO TERRITÓRIO NACIONAL

  • Vitória Alice Alves de Oliveira,
  • Camila Gomes de Souza Andrade,
  • Márcio Jamerson Pinheiro Lucio,
  • Artur Dias Cerqueira,
  • Larissa Almeida Aguiar dos Santos,
  • Bruno Araújo Almeida

Journal volume & issue
Vol. 26
p. 101873

Abstract

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Introdução/Objetivo: A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) é frequente, cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão se infectar. Caso a infecção persista pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, que se não forem identificadas e tratadas podem progredir para câncer, como o de: colo do útero, vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca. Nesse cenário, a vacina contra o HPV é uma estratégia de prevenção primária para evitar a ocorrência de lesões genitais pré-cancerosas e cancerosas de colo do útero, da vulva e da vagina; e de verrugas genitais em mulheres e homens, relacionados ao HPV 6, 11, 16 e 18. Este trabalho tem como objetivo estimar a cobertura vacinal da vacina de HPV em meninas no Brasil entre de 2014 a 2020. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e analítico sobre a taxa de imunização da vacina HPV Quadrivalente na população feminina do Brasil entre 2014 a 2020. Os dados foram extraídos do quadro de Imunizações - Doses aplicadas do DATASUS. As informações foram categorizadas e analisadas por meio do programa Microsoft Excel - 2019. Resultados: A cobertura vacinal do HPV Quadrivalente na população feminina nos anos referidos foi de 29.846.322 doses completas (prevalência - prev. - de 1,61 por 100 mil/hab.). Na cobertura por região, destaca-se a região Sudeste com 12.973.578 doses completas (prev. 0,70 por 100 mil/hab.), seguido pelo Nordeste com cobertura de 9.521.089 (prev. de 0,51 por 100 mil/hab.). No quesito ano, a maior cobertura vacinal ocorreu em 2014, na região Sudeste, com 3.297.949 (25,42%) doses aplicadas; por outro lado, o norte do país, em 2013, teve a menor cobertura vacinal, com 362 doses aplicadas (0.00%). Não foi evidenciado um padrão progressivo no tratamento dos dados, visto que o maior destaque ocorreu em 2014 com um total de 7.948.224. O desvio padrão nos últimos cinco anos foi de σ 19,48, com destaque para 2014, com um desvio padrão de σ 1,09. Conclusão: Apesar da vacina HPV está disponível no SUS desde 2014, observa-se uma baixa cobertura vacinal, com redução progressiva em todas as regiões brasileiras. Países que apresentam elevadas taxas de cobertura vacinal conseguiram reduzir a prevalência do HPV, como o Uruguai. Para tanto, o Brasil ainda precisa alcançar maiores coberturas de vacinação.