Revista Brasileira de Zootecnia (Jun 2001)
Predição de curvas de crescimento de tecidos de fêmeas suínas por intermédio da função alométrica estendida
Abstract
Foram utilizadas 48 fêmeas suínas para se determinarem as curvas de crescimento de tecidos, após abate e dissecação das carcaças dos animais aos 50, 60, 70, 80, 90, 100, 110 e 120 kg. Os cortes realizados nas carcaças foram feitos de acordo com aqueles utilizados pela indústria. Em cada corte, separaram-se as quantidades de músculo, gordura, ossos e pele, para o cálculo de rendimento de tecidos. Foi utilizada a função alométrica estendida, para estimar e ajustar as curvas de crescimento. A quantidade de músculo na carcaça apresentou crescimento variando de 41,9 nos animais de 50 kg, a 44,1%, nos animais de 120 kg. A função alométrica estendida ajustou a curva para quantidade de músculo, com R² = 0,68 e desvio-padrão residual de 1,42. Os valores de R² para porcentagem de gordura foram de 0,80 e os de desvio-padrão residual, de 6,35, com aumento de 12,7 a 18,3% entre 50 e 120 kg. Quanto às curvas de crescimento para rendimento de cortes comerciais, os valores de R² foram variáveis, porém com desvios-padrão residuais baixos. Concluiu-se que a função alométrica estendida é acurada para estimar curvas de crescimento de tecidos calculados, em porcentagens do peso de suínos vivos abatidos entre 50 e 120 kg de peso corporal; a deposição de gordura é proporcionalmente maior que a deposição de tecido muscular; e os suínos depositam, em termos proporcionais, tecido muscular e gordura de forma crescente.