Cadernos de Tradução (Sep 2016)

Tradução como iniciação

  • Evelyn Martina Schuler Zea

DOI
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2016v36n3p192
Journal volume & issue
Vol. 36, no. 3
pp. 192 – 212

Abstract

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De forma cada vez mais notória, a tradução aparece como processo, dispositivo ou configuração não limitada à dimensão textual, mas inserida no âmbito mais amplo de trocas rituais, sociais e técnicas. Eis um momento de transbordamento ou expansão da tradução que demanda uma atenção específica. Tal acontecer extratextual da tradução é tomado aqui como motivo para repensar a prática e a conceituação da tradução sob a figura da iniciação xamânica. Concretamente, se trata de elaborar articulações do evento da iniciação xamânica narrada em A queda do céu (Kopenawa & Albert, 2010, 2013, 2015), destacando questões do acesso à alteridade, a interlocução com ela e as vias da transformação que atravessam o duplo campo da antropologia e da tradução.

Keywords