Sinergia: Revista do Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (May 2008)
Teste da validade da paridade descoberta de juros para o Brasil entre 2001 e 2007.
Abstract
A paridade descoberta de juros (PDJ) afirma que o processo de arbitragem fará com que títulos equivalentes de dois países diferentes tenham o mesmo retorno líquido. Se um título de um país paga uma taxa de juros maior do que a internacional há uma expectativa de depreciação da sua moeda e, assim, espera-se que o retorno real do título convirja para a taxa de juros internacional. Porém, nos últimos anos, os títulos brasileiros têm pagado uma taxa de juros acima da internacional e sua moeda vem se apreciando frente ao dólar, fazendo com que o retorno real dos títulos do país seja maior do que o internacional. Neste trabalho, buscamos testar, então, esta paridade para a economia brasileira durante o período de novembro de 2001 a setembro de 2007 – período no qual o Brasil já adotava o câmbio flutuante. Uma ferramenta para o teste são os mínimos quadrados ordinários, ajustados à possível autocorrelação entre os resíduos. Testa-se se o diferencial de juros é estatisticamente significativo na variação da taxa de câmbio. Além disso, compara-se o processo de formação das expectativas quanto ao câmbio – expectativas racionais e pesquisa do Relatório Focus – na verificação da PDJ.