INFAD (Jan 2014)

Família e bem-estar: contributos para uma educação inclusiva

  • Sara Alexandre Felizardo,
  • Esperança do Rosário Ribeiro,
  • Ana Paula Cardoso,
  • Sofia Campos

DOI
https://doi.org/10.17060/ijodaep.2014.n1.v6.757
Journal volume & issue
Vol. 6, no. 1
pp. 375 – 380

Abstract

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Hodiernamente, as pesquisas sobre o bem-estar e qualidade de vida têm vindo a assumir uma centralidade nos discursos e nas práticas dos profissionais que intervêm na área das populações com fragilidade psicossocial. A literatura científica acentua a vastidão desta linha de estudo, a qual também tem ganho visibilidade no âmbito da investigação sobre as famílias de crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais (NEE), em particular, sobre a influência do suporte social (formal e informal) nas dimensões relacionadas com a saúde e o bem-estar dos cuidadores. Diener (2009) apresenta uma definição de bem-estar subjetivo como sendo uma resposta avaliativa das pessoas relativamente à sua própria vida, quer em termos de satisfação (elemento cognitivo da avaliação), quer em termos de afectividade (elemento emocional estável). No quadro de uma abordagem inclusiva e, em convergência com as orientações nacionais e internacionais, reconhecemos o papel dos pais na defesa dos interesses educativos dos filhos e decisores participantes no processo educativo, pelo que a promoção da sua saúde e bem-estar constituem áreas chave no contexto da intervenção educativa e terapêutica. O presente estudo tem como propósito fazer uma análise comparativa dos pais de crianças com e sem necessidades educativas especiais, no que concerne ao suporte social (dimensão da rede social e satisfação com o apoio) e ao bem-estar parental (satisfação com a vida). A amostra é constituída por 152 e 149 cuidadores, respetivamente, pais de crianças com e sem NEE. As análises estatísticas revelam que os dois grupos de pais apresentam diferenças significativas no bem-estar e, parcialmente, no suporte social (satisfação com o suporte). Relativamente aos subgrupos de pais de crianças com NEE (problemas cognitivos, motores e Perturbações do Espectro do Autismo) observamos diferenças estatísticas; os progenitores das crianças com autismo revelam valores significativamente mais elevados no suporte social (disponibilidade do suporte e satisfação com o suporte) e na satisfação com a vida.

Keywords