Revista Portuguesa de Cardiologia (Apr 2020)

QT interval greater than 460 ms in multiple electrocardiograms during follow-up in patients with Brugada syndrome: What does it contribute?

  • Marcelo Puga Bravo,
  • Jesús Castro,
  • Yisel Gallardo

Journal volume & issue
Vol. 39, no. 4
pp. 183 – 186

Abstract

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Introduction: Corrected QT interval (QTc) >460 ms in the right precordial leads has been described as a predictor of malignant ventricular arrhythmias (MVA) in patients with Brugada syndrome (BrS). Objective: To assess the presence of QTc>460 ms in multiple electrocardiograms (ECGs) during follow-up as a predictor of recurrence of MVA in patients with BrS. Methods: The study group included 43 patients with BrS and an implantable cardioverter-defibrillator. ECGs were performed serially between June 2000 and January 2017. QT interval was measured and QTc was obtained by Bazett's formula. The sample was divided into three groups: Group 1 (patients with no ECGs with QTc>460 ms); Group 2 (patients with only one ECG with QTc>460 ms); and Group 3 (patients with two or more ECGs with QTc>460 ms). Results: The following variables were more frequently observed in Group 3: family history of sudden death (p=0.023), previous history of cardiorespiratory arrest (p=0.032), syncope (p=0.039), documented MVA (p=0.002), and proportion of ECGs with coved-type ST interval during follow-up (p=0.002). In Group 3, 67% of BrS patients had events during follow-up, as opposed to only 22% of Group 1 and 14% of Group 2 (Group 1 vs. Group 2, p=0.33015; Group 1 vs. Group 3, p=0.04295; and Group 2 vs. Group 3, p=0.04155). Conclusions: QTc>460 ms in more than one ECG during follow-up increases the risk of MVA events in patients with BrS. Resumo: Introdução: Um intervalo QTc>460 ms nas derivações precordiais direitas foi descrito como um fator preditivo de arritmias ventriculares malignas em doentes com síndrome de Brugada (SB). Objetivo: Avaliar se a presença de QTc>460 ms em eletrocardiogramas (ECGs) seriados durante o seguimento é um fator preditivo de recidiva de arrtimias ventriculares malignas em doentes com SB. Métodos: O grupo de estudo incluiu 43 doentes com SB e com cardioversor-desfibrilhador implantável; os ECGs seriados foram efetuados entre junho de 2000 e janeiro de 2017. Foi medido o intervalo QT, tendo sido o QTc obtido através da fórmula de Bazzet. Os doentes foram divididos em três grupos: Grupo 1 (doentes sem ECGs com QTc>460 ms); Grupo 2 (doentes com apenas um ECG com QTc>460 ms) e Grupo 3 (doentes com dois ou mais ECGs com QTc>460 ms). Resultados: As seguintes variáveis foram observadas com mais frequência no Grupo 3: história familiar de morte súbita (p=0,023), história prévia de paragem cardiorrespiratória (p=0,032), síncope (p=0,039), arritmias ventriculares malignas documentadas (p=0,002) e percentagem de ECGs convexos durante o seguimento (p=0,002). No Grupo 3, 67% dos doentes com SB apresentaram eventos durante o seguimento. Por outro lado, no caso dos doentes com SB apenas 22% do Grupo 1 e 14% do Grupo 2 apresentaram eventos durante o seguimento (Grupo 1 versus Grupo 2, p=0,33015; Grupo 1 versus Grupo 3, p=0,04295 e Grupo 2 versus Grupo 3, p=0,04155). Conclusões: O QTc>460 ms em mais do que um ECG durante o seguimento aumenta o risco de eventos de arrtimias ventriculares malignas.

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