Revista Portuguesa de Cardiologia (Jan 2022)

Atmospheric features and risk of ST-elevation myocardial infarction in Porto (Portugal): A temperate Mediterranean (Csb) city

  • Susete Vieira,
  • Mariana Santos,
  • Rui Magalhães,
  • Marta Oliveira,
  • Ricardo Costa,
  • Bruno Brochado,
  • Raquel B. Santos,
  • João Silveira,
  • Severo Torres,
  • André Luz

Journal volume & issue
Vol. 41, no. 1
pp. 51 – 58

Abstract

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Introduction and objectives: Some atmospheric features have been linked to the triggering of myocardial infarction. Because data from the Temperate-Mediterranean is scarce, we sought to study whether meteorological parameters influence the incidence of ST-elevation myocardial infarction (STEMI) as confirmed by primary percutaneous intervention in a city with temperate weather (Porto, Portugal). Methods: Retrospective analysis of a series of STEMI-patients from January 2010 to December 2017. Temperature (T), relative humidity (RH), precipitation, and atmospheric pressure were obtained from a government-led institute. We utilized a generalized linear model (GLM) with a Poisson distribution, where a series of models with multivariable analysis were computed. The effects (GLM coefficients) are presented as excess relative risk (ERR). Results: One thousand and four consecutive STEMI-patients were included. The most important predictors of STEMI were Tmin two days before (for 1 °C drop ERR=1.9%, p=0.009) and a 1% increase in RH three days before (EER=0.7%, p=0.006). Conversely, the same increase in RH the day before reduced the relative risk (EER=-0.6%, p=0.023). Temperature range, atmospheric pressure and precipitation had no impact on STEMI incidence. Conclusion: In a Temperate-Mediterranean city hot or cold temperature extremes, temperature drop and relative humidity had a significant impact on the occurrence of STEMI. Resumo: Introdução e objetivos: Algumas características atmosféricas relacionam-se com a ocorrência aumentada de enfarte agudo do miocárdio. Uma vez que os dados relativos a zonas mediterrâneas temperadas são pouco conhecidos, o nosso objetivo foi estudar a incidência de enfarte com elevação de ST em doentes submetidos a angioplastia primária, em relação com parâmetros atmosféricos, numa cidade de clima mediterrâneo temperado (Csb). Métodos: Análise retrospetiva de uma série de doentes com enfarte com elevação de ST tratados por angioplastia entre janeiro de 2010 e dezembro de 2017. Temperatura (T), humidade relativa (HR), precipitação e pressão atmosférica provenientes de registos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Modelos de análise linear generalizada (GLM) com distribuição de Poisson foram utilizados para computar vários modelos de análise multivariada, calculando-se excesso de risco relativo (ERR) e respetivos coeficientes (GLM) para cada parâmetro atmosférico estudado. Resultados: Foram incluídos 1004 doentes consecutivos. Os principais preditores da ocorrência de enfarte foram a T mínima dois dias anteriores ao evento (para 1 °C de diminuição, EER=1,9%, p=0,009) e 1% de aumento da HR três dias anteriores ao evento (EER=0,7%, p=0,006). Inversamente, o mesmo aumento da HR no dia anterior ao evento diminuiu o risco (EER=-0,6%, p=0,023). Não se obtiveram resultados significativos para a precipitação ou pressão atmosférica. Conclusão: Numa cidade de clima mediterrâneo temperado sem insultos climáticos extremos, a diminuição da temperatura e o aumento da humidade relativa influenciaram a incidência de enfarte com elevação de ST.

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