Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Jan 2023)

Implantação de instrumento de avaliação das Boas Práticas de Manipulação em central de quimioterapia

  • Rosana de Almeida Meneses,
  • Maria Gladiene Silva de Oliveira,
  • Priscila Siedschlag Ise Guimarães,
  • Mirian Garcia Marras,
  • Elizaine Manganaro de Assunção Pontes,
  • Kelly Lie Nagai,
  • Luciana de Freitas Freire de Mello,
  • Luiz Ivan Henrique da Silva

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2022.v1.s1.p.19
Journal volume & issue
Vol. 7, no. s.1

Abstract

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Introdução: As boas práticas de manipulação são regulamentadas pela RDC 67/2007, sendo critérios exigidos para manter qualidade, segurança e eficácia do produto final aos pacientes. É importante que todos os processos de manipulação validados estejam alinhados entre a equipe, impedindo desvios de qualidade ou falhas na segurança do processo, sendo necessários treinamento e educação continuada para melhoria constante. Objetivo: Padronizar o processo de boas práticas de manipulação por meio de acompanhamento quadrimestral utilizando formulário de avaliação de conformidade e não conformidade. Método: Estudo observacional desenvolvido entre janeiro de 2021 a janeiro de 2022 em que foram realizados três acompanhamentos e foram avaliadas as técnicas de preparo de 22 manipuladores de uma central de manipulação de um Hospital Público Oncológico de São Paulo. As avaliações ocorreram a cada quatro meses sendo analisados 14 pontos com a finalidade de verificar as conformidades e não conformidades dos pontos críticos do processo de preparo dos quimioterápicos, de forma a observar o desempenho individual e coletivo da equipe. Os manipuladores foram submetidos ao acompanhamento de 10 preparações, sendo registrados em formulário de avaliação. Após os acompanhamentos foi realizada análise dos dados e feedback com os manipuladores. Os resultados de cada manipulador foram pontuados e convertidos em porcentagem. O índice de conformidade da equipe foi expresso por uma média geral. Resultados: Após os três acompanhamentos foi possível avaliar as técnicas de manipulação, fazendo as correções individuais que levaram a melhoria do processo, aumentando a segurança para o paciente. Os índices de conformidade do primeiro, segundo e terceiro acompanhamento foi de 91,36%, 93,54% e 93%, respectivamente, mantendo alto nível de conformidade dos processos. Conclusão: Através do acompanhamento dos manipuladores, foi possível estabelecer um instrumento de avaliação que avalia o nível de conformidade do processo de manipulação, permitindo incluir melhorias e por consequência trazer confiabilidade, segurança e qualidade no processo de preparo dos quimioterápicos.