Alceu (May 2021)

Cruzando a órbita prum novo mar

  • Rafael Pinto Ferreira de Queiroz

DOI
https://doi.org/10.46391/ALCEU.v21.ed43.2021.211
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 43
pp. 106 – 126

Abstract

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O artigo visa analisar o uso do afrofuturismo pela cantora baiana Xênia França, através da análise de seu videoclipe Nave (2019). Tentando entender vários sentidos que emergem do significado do movimento político-estético negro e transnacional a partir de autores como Dery e Tate (1994), Corbett (1994) e Eshun (2003), Womack (2013), procura-se cruzar essas referências como possíveis continuidades e interpretações audiovisuais da canção. Há o entendimento do afrofuturismo enquanto instrumento crítico ao racismo e a percepção de sua manifestação em artes negras como não algo somente da contemporaneidade. Também interessa a sugestão de que a cantora segue uma ligação espaço-temporal tecida pelas encruzilhadas do Atlântico negro, especialmente na música afrodiaspórica.

Keywords