Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (May 1997)

Paracoccidioides cerebriformis Moore, 1935. MYCOLOGIC AND IMMUNOCHEMICAL STUDY

  • Carlos da Silva LACAZ,
  • Mônica Scarpelli Martinelli VIDAL,
  • Cristiane Neves PEREIRA,
  • Elizabeth Maria HEINS-VACCARI,
  • Natalina Takahashi de MELO,
  • Neusa SAKAI-VALENTE,
  • Giovana Leticia Hernandes ARRIAGADA

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46651997000300003
Journal volume & issue
Vol. 39, no. 3
p. 141

Abstract

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The present study concern on mycologic and immunochemical data obtained from two samples of a fungus considered as belonging to the species Paracoccidioides cerebriformis described by Moore in 1935, and maintained since then on Sabouraud’s agar in the mycology collection of the Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. After 60 years, the samples exhibited the same characteristics described by Moore (1935). However, experimental lesions did not resulted in guinea-pigs inoculated intratesticularly. The dominant antigen in Paracoccidioides brasiliensis, 43 kDa glicoprotein (gp43), could not be demonstrated by SDS PAGE and Western blotting. Immunoelectrophoresis did not demonstrated the E arch of cathodic migration using a policlonal anti gp43 serum. According to these findings, it is concluded that the fungus described by Moore (1935) as P. cerebriformis does not belong to the genus Paracoccidioides. Paracoccidioidomycosis should therefore be considered as resulting from infection by a single species, Paracoccidioides brasiliensis (Splendore, 1912) as asserted by Almeida (1930). Further studies, through molecular biology methods, could identify the mentioned fungusParacoccidioides cerebriformis Moore, 1935. Estudo micológico e imunoquímico O presente estudo trata dos resultados obtidos, do ponto de vista micológico e imunoquímico, de duas amostras de Paracoccidioides consideradas como pertencentes à espécie cerebriformis, criada por MOORE in 1935 e mantidas desde aquela época, através de repiques em ágar-Sabouraud, na Micoteca do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. Após cerca de 60 anos, tais amostras conservavam as mesmas características descritas por MOORE (1935). Não foram registradas lesões experimentais em cobaios inoculados por via intratesticular, não se demonstrando, também, pelas técnicas de SDS PAGE e Western blotting, o antígeno dominante do Paracoccidioides brasiliensis, representado pela glicoproteína de 43 kDa (gp43). A imunoeletroforese também não revelou o arco E de migração catódica, utilizando-se um soro policlonal anti-gp43. Em vista desses resultados, concluímos que Paracoccidioides cerebriformis não pertence àquele gênero, devendo-se considerar a paracoccidioidomicose como infecção fúngica causada por uma única espécie de Paracoccidioides - Paracoccidioides brasiliensis (SPLENDORE, 1912) Almeida, 1930. No futuro, através de métodos de biologia molecular, talvez possamos identificar este fungo

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