Oculum Ensaios (Jan 2013)

Estudo do percentual de área de janela em edificações brasileiras durante o Século XIX e XX

  • Verônica Stefanichen Monteiro,
  • Cláudia Cotrim Pezzuto,
  • Alexandre de Assis Mota,
  • Lia Toledo Moreira Mota

DOI
https://doi.org/10.24220/2318-0919v0n16a1452
Journal volume & issue
Vol. 0, no. 16
pp. 82 – 95

Abstract

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O consumo de energia para refrigeração residencial, comercial e de serviço tem demonstrado um crescimento em todo o mundo. Nesse sentido, a envoltória do edifício tem um papel importante na medida em que separa o ambiente interno do ambiente externo de uma edificação. Estudos relatam que as janelas contribuem significativamente para os ganhos e as perdas de calor pela envoltória. Portanto, as janelas têm um grande impacto não só sobre o consumo energético no ambiente construído, mas também na qualidade do conforto térmico. Desse modo, este trabalho tem como objetivo principal investigar o percentual de área de janela (área envidraçada) em edificações brasileiras durante o século XIX e XX. A primeira parte deste artigo aborda um breve histórico das janelas na arquitetura brasileira e um panorama geral da relação do consumo de energia e a utilização de janelas nas edificações. A segunda parte apresenta uma análise comparativa em edificações do século XIX e XX, a partir do parâmetro percentual de área de abertura na fachada total. As análises foram realizadas em duas edificações do século XIX, localizadas na cidade de Campinas, e em três edificações do século XX, localizadas nas cidades do Rio de Janeiro, Campinas e São Paulo. Para tanto, foram consultadas pesquisas publicadas, legislação e projetos arquitetônicos dos escritórios responsáveis. Conclui-se que, com o aumento das dimensões das aberturas durante o período estudado, foi-se tornando cada vez mais comum a utilização do vidro como elemento de fechamento. Observou-se que as edificações do século XX apresentaram um expressivo percentual de área de abertura (área envidraçada) na fachada total: índice de 99,56% (edificação São Paulo - 2000), 48,00% (edificação Campinas - 1956) e 66,00% (edificação Rio de Janeiro - 1936), em relação às edificações do século XIX, com 13,30% (edificação Campinas - 1806) e 21,30% (edificação Campinas - 1878). Assim, verificou-se uma expressiva mudança nas tipologias das edificações e um aumento considerável no percentual de área de janela nas fachadas no que diz respeito ao período analisado. PALAVRAS-CHAVE: Área de janela. Fachadas envidraçadas. Janela.

Keywords