Revista de Medicina da UFC (Mar 2021)

Atividade analgésica em camundongos Swiss submetidos a diferentes doses de cloreto de magnésio (MgCl2) associado ou não a paracetamol e clonazepam

  • Rafael Ramón Rodriguez Treto,
  • Renildo Moura da Cunha,
  • Wagner de Jesus Pinto

DOI
https://doi.org/10.20513/2447-6595.2021v61n1e40986p1-7
Journal volume & issue
Vol. 61, no. 1
pp. 1 – 7

Abstract

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A percepção dolorosa, avaliada funcionalmente através do sistema analgésico endógeno, reflete a atividade do sistema nociceptivo, o qual depende do nível de excitabilidade do sistema nervoso, portanto, a procura de vias e formas que reduzam a excitabilidade deste sistema tornou-se uma preocupação humana para assim aliviar a percepção da dor. Objetivo: Determinar o limiar de excitação do sistema nociceptivo em animais (camundongos) submetidos a tratamento com diferentes doses de cloreto de magnésio (MgCl2), associado ou não com paracetamol e clonazepam. Material e Métodos: Camundongos Swiss foram submetidos a tratamento com MgCl2, paracetamol e clonazepam. O limiar de excitação foi determinado através do teste da “placa quente”. Resultados e Discussão: O MgCl2(130mgKg-1) e o paracetamol (12.5mgKg-1) mostraram efeito analgésico sinérgico, provavelmente devido à diminuição da excitabilidade neuronal nociceptiva, acompanhado de uma ação despolarizante sobre o sistema analgésico endógeno. O clonazepam (0.066 mgKg-1) parece bloquear o efeito analgésico do MgCl2 no sistema analgésico endógeno, devido à hiperpolarização neuronal decorrente do influxo de Cl-. Conclusões: A dose de 130mgKg-1 de massa corporal de MgCl2 teve efeito sinérgico com o paracetamol. O clonazepam parece ter bloqueado o efeito analgésico do MgCl2, provavelmente atuando no sistema analgésico endógeno.

Keywords