Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (Jan 2016)

ANTIAGREGANTES E ANTICOAGULANTES EM CIRURGIA DERMATOLÓGICA – NORMAS DE ORIENTAÇÃO CLÍNICA

  • Ana Brinca,
  • Miguel Pinto Gouveia,
  • Ricardo Vieira

DOI
https://doi.org/10.29021/spdv.73.4.483
Journal volume & issue
Vol. 73, no. 4

Abstract

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Introdução: A abordagem da terapêutica antitrombótica não é consensual na cirurgia dermatológica. O dermatologista tem de ponderar entre o risco hemorrágico e o risco trombótico quando decide do manuseio destes fármacos no período perioperatório. Material e Métodos: Os autores reviram a literatura disponível com o intuito de elaborar normas de orientação clínica para a abordagem destes doentes. Resultados: Há poucos estudos significativos publicados nesta área, e por vezes com diferentes abordagens e recomendações. O principal objetivo do cirurgião dermatológico deverá ser a otimização dos resultados cirúrgicos sem esquecer os riscos trombóticos e hemorrágicos inerentes ao doente e ao procedimento cirúrgico. Conclusões: Recomendamos a continuação dos antitrombóticos nos procedimentos dermatológicos com baixo risco hemorrágico. Nos doentes com elevado risco tromboembólico recomendamos a continuação do fármaco antitrombótico nos procedimentos de baixo risco hemorrágico, e a ponderação da sua suspensão com substituição por heparina de baixo peso molecular nos procedimentos de elevado risco hemorrágico. No entanto, estas recomendações globais não se devem sobrepor a uma abordagem individualizada à situação clínica pontual de cada doente.

Keywords