Revista Desenvolvimento Social (Apr 2020)

INJUSTIÇA AMBIENTAL : O PROCESSO DE INSTALAÇÃO DA CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – CTRS NA COMUNIDADE DE MIMOSO , MUNICIPIO DE MONTES CLAROS – MG

  • Isabel Cristina Barbosa de Brito,
  • Vanessa Teles de Oliveira,
  • Greiciele Soares da Silva

Journal volume & issue
Vol. 12, no. 2

Abstract

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A lógica desenvolvimentista se consolida no Brasil a partir da década de 1950, vinculada à modernização do país. O desenvolvimento enquanto pensamento político moderno, destino único e sinõnimo de “progresso” torna-se a negação do modo de vida da maioria das comunidades e grupos rurais do norte de Minas Gerais dessa época. As políticas desenvolvimentistas que visavam o processo de modernização não foram pensadas de acordo com a realidade e as especificidades de cada sociedade, de modo que os maleficios existentes nesses processos afetam àqueles que socialmente são excluidos dos espaços de debates políticos, ocupados hegemonicamente pelos que detêm maior poder econômico. Dentro desse quadro as consequências do desenvolvimento possibilita a geração de uma condição favorável à Injustiça Ambiental. Este trabalho apresenta um caso de injustiça ambiental, aborda a instalação de uma Central de Tratamento de Resíduos Sólidos - CTRS na Comunidade do Mimoso, zona rural do município de Montes Claros – MG. O empreendimento objetiva a disposição “adequada” e ambientalmente correta de resíduos sólidos urbanos, promovendo maior qualidade de vida na cidade. No entanto, a implantação da CTRS é analisada neste artigo a partir das noções da Justiça ambiental e das incoerências que envolvem os processos de licenciamento ambiental.

Keywords