Revista Brasileira de Cancerologia (Mar 2018)

Neuroblastoma de Alto Risco no Uruguai. Onde estamos?

  • Fabiana Morosini,
  • Gustavo Dufort,
  • Anaulina Silveira,
  • Mariela Castiglioni,
  • Carolina Pagés,
  • Elizabeth Simón,
  • Silvana Zuccolo,
  • Andrea Incoronato,
  • Paloma Amarillo,
  • Inés Pereira,
  • Agustín Dabezies,
  • Luis Castillo

DOI
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2018v64n1.111
Journal volume & issue
Vol. 64, no. 1

Abstract

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Introdução: O neuroblastoma é o tumor sólido extracraniano mais frequente em crianças. A proximadamente 50% dos pacientes são classificados como de alto risco considerando as características clínicas, biológicas e histológicas. Objetivo: Descrever a população atendida no Centro Hemato-Oncológíco Pediátrico (CHOP) do Centro Hospitalario Pereira Rossell (CHPR) com diagnóstico de neuroblastoma de alto risco, seu tratamento e sobrevida. Método: Estudo descritivo, retrospectivo, de todos os pacientes com neuroblastoma de alto risco diagnosticados no CHOP, no período entre 2001 e 2015. O Registro Nacional de Câncer Pediátrico está localizado no CHOP, bem como o Arquivo de Histórias Clínicas de todos os pacientes. Os dados são coletados e analisados pelo setor estatístico. Resultados: Foram diagnosticados 35 pacientes. Vinte (57%) eram do sexo masculino. Mediana de idade: 36,6 meses (5-93). Localização suprarrenal: 23 (66%). estádio IV 100%. Metástases, medula óssea e osso: 27 (71%). Trinta e três pacientes receberam transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) (94%). Status prévio a TCTH, remissão completa: 19 (58%), remissão parcial: 14 (42%). incidência de mortalidade relacionada ao tratamento: 15% e de recaídas: 68%. Mediana do tempo de recaída: 15 meses (3-52). a probabilidade de sobrevida global e sobrevida livre de eventos aos cinco anos foi de 37,8% ± 8,4 e 23,8% ± 7,3 (mediana de seguimento 40 meses). Conclusão: Apesar do tratamento intensivo e medidas de suporte adequadas, o prognóstico em crianças com neuroblastoma de alto continua sendo pobre no Uruguai. é necessário incorporar novas estratégias terapêuticas que ainda não estão disponíveis em nosso meio.

Keywords