Revista Agrogeoambiental (Dec 2015)
Potencial de manejo de Myzus persicae com óleo de pinhão manso armazenado em diferentes embalagens
Abstract
Myzus persicae vem provocando prejuízos em diversas hortícolas. A utilização de inseticidas químicos vem proporcionando graves problemas na agricultura e meio ambiente. Métodos alternativos de controle têm-se tornado uma ferramenta eficaz no manejo de pragas, como a utilização de plantas inseticidas. Com o objetivo de reduzir e/ou substituir os agrotóxicos sintéticos por produtos ecologicamente corretos, este trabalho visou estudar a potencialidade inseticida do óleo de Jatropha curcas sobre o pulgão verde da couve, armazenado por 180 dias, em diferentes embalagens. Foram utilizados discos de folhas de couve contendo 10 pulgões, os quais foram imersos em solução de óleo de pinhão manso nas concentrações 0,0; 0,5; 1,0; 2,0 %. A mortalidade variou em função do tempo de armazenamento, concentração e do uso de diferentes tipos de recipientes, ocorrendo interação significativa entre esses fatores. Os polietilenos “pet branco”, “iogurte” e vidro de cor âmbar apresentaram maior mortalidade na concentração de 2 % ao longo do tempo, sendo que a maior mortalidade (99, 100 e 98 %) foi obtida no período de 120, 150 e 60 dias de armazenamento, respectivamente. O polietileno “pet verde” também apresentou maior mortalidade na concentração de 2 % até os 150 dias. Essa foi de 100 % no tempo de armazenamento zero e de 14,6 % no tempo de 180 dias, demonstrando, nesse caso, que o tempo de armazenamento em garrafa “pet verde” interfere na ação do óleo sobre M. persicae. Conclui-se que óleo de pinhão manso, mesmo armazenado em diferentes recipientes ao longo do tempo, demonstra potencial no manejo de M. persicae. Palavras-chave: Myzus persicae. Jatropha curcas. Manejo alternativo.
Keywords