Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Dec 2004)

Stroke mortality in São Paulo (1997-2003): a description using the Tenth Revision of the International Classification of Diseases Mortalidade pela doença cerebrovascular em São Paulo (1997-2003): descrição utilizando a Décima Classificação Internacional de Doenças

  • Paulo A. Lotufo,
  • Isabela M. Bensenor

DOI
https://doi.org/10.1590/S0004-282X2004000600014
Journal volume & issue
Vol. 62, no. 4
pp. 1008 – 1011

Abstract

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Stroke mortality rates are higher in Brazil when compared to other countries. The city of São Paulo has a good system of mortality surveillance that allow us to describe the epidemiology of the stroke in the city. Our aim was to describe the stroke mortality pattern by gender and age characterizing the ischemic/ hemorrhagic ratio. We categorized mortality data by gender and a 10-year age-strata from 30-39 years-old to 70-79 years-old. To avoid random variations, we calculated the mean of all deaths occurred during the period of 1997 to 2003. Mortality rates were calculated using the population from the Brazilian National Census occurred in 2000. The proportion of deaths from all types of stroke related to all cardiovascular among women was higher when compared to men, mainly during middle-age. In other hand, the risk of stroke death is always higher among men during all ages. Ill-defined stroke certification is more common as underlying cause of death above the 60 years-old (40 per cent).Intracerebral hemorrhage was the most frequent cause of stroke death for both sexes from 30 to 59 years-old. Subarachnoideal hemorrhage was much more frequent as cause of death among women than in men. The ratio between ischemic/hemorrhagic (both subtypes) was 0.59 for men and 0.56 for women. Concluding, the magnitude of hemorrhagic stroke is still higher in São Paulo city, with an special burden to middle-aged people for both gender.A mortalidade pela doença cerebrovascular (DCV) é ainda elevada no Brasil quando comparada a outros países. O município de São Paulo tem um sistema de informação de mortalidade de boa qualidade que nos permite avaliar a epidemiologia da DCV. O objetivo do estudo foi descrever o padrão por gênero e faixa etária do diferentes tipos de doença DCV. Para essa tarefa, as informações de mortalidade foram estratificadas por gênero e faixas etárias decenais desde os 30-39 anos de idade até os 70-79 anos de idade. Para evitar flutuações ocasionais, calculou-se a média dos óbitos ocorridos no período de 1997 a 2003.As taxas de mortalidade foram calculadas usando-se a população determinada no Censo de 2000. A proporção de mortes por DCV em comparação com o total de óbitos de origem cardiovascular foi maior entre as mulheres, principalmente na meia idade. Por outro lado, a diferença do risco de morte por entre homens e mulheres aumentou progressivamente com o avançar da idades, com os homens apresentando sempre os valores mais elevados. A DCV não especificada como isquêmica ou hemorrágica foi a causa mais comum de morte por DCV a partir dos 60 anos. No entanto, a hemorragia intracerebral foi a causa mais freqüente para ambos os sexos dos 30 aos 59 anos. A hemorragia subaracnoídea foi causa muito mais freqüente entre mulheres do que em homens. A razão entre mortes por DCV isquêmica em relação a hemorrágica (ambos subtipos) foi 0,59 para homens e 0,56 para mulheres. Concluindo, a magnitude dos tipos hemorrágicos da DCV é ainda bastante elevada em São Paulo quando comparada a de outros países.

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