Viso (Jul 2020)

Museu: lugar de cultura, lugar de barbárie

  • Fernanda Proença

DOI
https://doi.org/10.22409/1981-4062/v26i/353
Journal volume & issue
Vol. 14, no. 26
pp. 302 – 342

Abstract

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Tomando o museu como alegoria da modernidade, o artigo busca evidenciar sua influência sobre as obras que ele abriga, expressa na tensão entre a sistematização da cultura e o teor subversivo da arte, à luz da filosofia de Theodor W. Adorno. Recorrendo à leitura adorniana de textos de Paul Valéry e Marcel Proust acerca do museu, procuramos mostrar como os polos sujeito-objeto na recepção estética entremeiam-se dialeticamente para compor os momentos de verdade dessa experiência e como a instrumentalização desses extremos viabiliza a cooptação da promesse de bonheur da arte pela indústria cultural, cujos efeitos reverberam no museu.

Keywords