Revista Portuguesa de Cardiologia (Jul 2020)

Quality of life in adults living in the community with previous self-reported myocardial infarction

  • Ana Teresa Timóteo,
  • Sara Simões Dias,
  • Ana Maria Rodrigues,
  • Maria João Gregório,
  • Rute Dinis Sousa,
  • Helena Canhão

Journal volume & issue
Vol. 39, no. 7
pp. 367 – 373

Abstract

Read online

Aim: Quality of life (QoL) is one of the most important patient-reported outcomes in chronic diseases. Using a population-based cohort, our objective was to assess health-related QoL in individuals with a previous myocardial infarction (MI). Methods: This study was conducted on a large database representative of the adult Portuguese population aged 18 years or over, living in the community. Participants were assessed through telephone interview. A standardized questionnaire was applied to every individual about self-reported chronic diseases, including previous MI. QoL was assessed with the EQ-5D-3L version of EuroQol. The prevalence of previous MI was calculated and linear regression analysis was performed. Results: The estimated prevalence of previous MI in the adult Portuguese population was 1.1%. These patients were older and more often male, had lower income and lower education levels, and were more often from urban areas. Respondents with self-reported MI assigned a lower self-perception to their health status in all domains, particularly in mobility and anxiety/depression. The mean EQ-5D-3L score in patients with MI was 0.73±0.34, significantly lower than in patients without MI (0.78±0.29). Also, the number of chronic diseases was significantly higher in patients with MI (5.0±2.2 vs. 1.7±1.8). Previous MI was not independently associated with QoL, which was related to age, gender and number of comorbidities. Conclusions: Adults with previous MI have a worse self-perceived health status and QoL. Previous MI was not an independent predictor of health-related QoL after controlling for age, gender and associated chronic diseases. Resumo: Introdução: A qualidade de vida (QOL) é um dos mais importantes resultados reportados por doentes em doenças crónicas. Utilizando uma coorte baseada na população, foi nosso objetivo avaliar a qualidade de vida relacionada com a saúde em doentes com enfarte do miocárdio (EM) prévio. Métodos: Estudo realizado numa grande base de dados representativa da população portuguesa adulta com ≥ 18 anos, a viver na comunidade. Os participantes foram avaliados por entrevista telefónica e foi aplicado um questionário estandardizado a cada indivíduo sobre doenças crónicas autotreportadas, incluindo EM no passado. A QOL foi avaliada com a ferramenta EuroQol (EQ-5D-3L). Resultados: A prevalência estimada de EM prévio foi de 1,1%. Estes doentes são mais idosos e mais homens, com menor rendimento e nível de educação e mais frequentemente de áreas urbanas. Os indivíduos com EM prévio têm pior perceção do seu estado de saúde em todos os domínios, em particular na mobilidade e ansiedade/depressão. O índice EQ-5D-3L médio foi 0,73±0,34, significativamente inferior quando comparado com doentes sem EM (0,78±0,29). O número de doenças crónicas é significativamente superior em doentes com EM (5,6±2,2 versus 1,7±1,8). O EM prévio não se associa de forma independente à QOL, estando esta relacionada com idade, género e número de comorbilidades associadas. Conclusões: Adultos com EM prévio apresentam uma pior percepção da sua saúde e QOL. O EM prévio não é preditor independente de QOL após controlo para idade, género e doenças crónicas associadas.

Keywords