Estudos e Pesquisas em Psicologia (Jun 2017)

Medicalização e governo da vida e subjetividades: o mercado da saúde

  • Dolores Cristina Gomes Galindo,
  • Flávia Cristina Silveira Lemos,
  • Renata Vilela,
  • Bruna Garcia

DOI
https://doi.org/10.12957/epp.2016.29164
Journal volume & issue
Vol. 16, no. 2
pp. 346 – 365

Abstract

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Este artigo apresenta uma análise da literatura a respeito de medicalização, a partir da biopolítica no neoliberalismo. A construção do mercado da saúde coloca em cena um conjunto de tecnologias de governo de condutas que forja subjetividades saudáveis e controladas pelas prescrições de saúde e segurança. Os efeitos dessas práticas medicalizantes atravessam e fabricam corpos e populações, instrumentalizados pela gerência de risco e perigo, pela prevenção e controle do futuro, em nome da vida e da saúde, prolongadas ao extremo. Nesse aspecto, o objeto desse artigo é problematizar por meio de uma abordagem histórica, baseada em Foucault, a emergência do biocapital e da bioeconomia, como táticas de normalização e normatização das condutas pela biocidadania; e no âmbito das leis que reivindicam o direito à saúde, como estratégia.

Keywords