Pubvet (Nov 2020)

Uso da escala de dor da Universidade de Melbourne na avaliação de dois protocolos de analgesia pós-cirúrgica em cadelas submetidas à mastectomia

  • Thalia Vitoria Mariussi,
  • Maria Cecília de Lima Rorig,
  • Marcelo Paulino Borges,
  • Solimar Dutra da Silveira

DOI
https://doi.org/10.31533/pubvet.v14n11a694.1-8
Journal volume & issue
Vol. 14, no. 11
pp. 1 – 8

Abstract

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Os tumores mamários em cadelas integram cerca de 52% das neoplasias em cães. A remoção cirúrgica completa, denominada mastectomia, é considerada o tratamento de eleição. A dor pós-operatória para esse procedimento pode ser classificada de moderada a intensa, exigindo, portanto, um tratamento com fármacos que minimizem a dor. A analgesia preemptiva é um método que consiste na administração de medicamentos antes do estímulo doloroso e dessa forma, tem se destacado entre os protocolos analgésicos. Escalas capazes de avaliar a dor em animais surgiram diante da dificuldade em seu reconhecimento na Medicina Veterinária. A escala de dor da Universidade de Melbourne (UMPS) consiste na avalição dos parâmetros fisiológicos e comportamentais específicos relacionados à dor, aumentando sua sensibilidade e especificidade. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar a eficácia de dois diferentes protocolos de analgesia preemptiva no controle de dor pós-operatória em cadelas submetidas a mastectomia, com a utilização da UMPS. Para isso, a pesquisa contou com 16 pacientes fêmeas que foram aleatoriamente divididas em dois grupos (G1 e G2). O grupo G1 referente ao protocolo de analgesia preemptiva com firocoxibe associado ao adesivo de fentanil transdérmico, foi composto por 8 fêmeas. Dessa forma, as 8 fêmeas restantes constituíram o grupo G2 recebendo analgesia preemptiva com carprofeno associado ao fentanil transdérmico. No pós-operatório as pacientes foram avaliadas por meio da aplicação da UMPS em 5 tempos (T1, T2, T3, T12 e T24). O resgate analgésico somente foi efetuado quando a avaliação alcançou pontuação superior a 13. Diante disso, dentre as 16 cadelas que participaram da pesquisa, 11 delas (68,75%) demonstraram controle adequado da dor, portanto, não houve a necessidade de resgate, 4 pacientes (25%) necessitaram de resgate analgésico e 1 paciente (6,25%) foi desclassificada da pesquisa. Contudo, conclui-se que a Escala da Dor da Universidade de Melbourne é um bom método para avaliação do grau de dor em cães e que adesivo de fentanil transdérmico (Durogesic®) demonstrou boa atuação no controle da dor com associação a ambos anti-inflamatórios, desde que o mesmo esteja em total aderência com a superfície da pele.

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