Avances en Enfermería (Jan 2018)

Uma reflexão spinozista entre servidão e liberdade vividas por cuidadores

  • Jaine Kareny da Silva,
  • Luana Machado Andrade,
  • André Souza dos Santos,
  • Edite Lago da Silva Sena,
  • Rita Narriman Silva de Oliveira Boery,
  • Alba Benemérita Alves Vilela

DOI
https://doi.org/10.15446/av.enferm.v36n1.61440
Journal volume & issue
Vol. 36, no. 1

Abstract

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Objetivo: refletir acerca do significado do cuidado para cuidadores familiares de idosos com base nas conotações dos afetos, presente na obra de Baruch Spinoza, que impulsiona à liberdade ou à servidão nessa relação interpessoal. Síntese de conteúdo: o ato de cuidar dos cuidadores familiares de pessoas idosas, apesar de constituirse parte da essência natural e cultural do ser humano, desvela outros significados atribuídos a essa experiência; aponta irrefletidamente sentimentos que emanam dessa atividade diária e ininterrupta, e expressa a vivência dos aspectos de liberdade e servidão a partir do diálogo com os afetos produzidos por Baruch Spinoza. Esse desvelo se dá a partir do encontro entre o cuidador familiar e a pessoa idosa, tornando-se servil à medida que é projetado pelas condutas sociais, e livre quando busca o caminho do autoconhecimento. Conclusões: quando o cuidado desenvolvido possui influência externa, os cuidadores familiares tendem ao afeto paixão-tristeza que causa ideias inadequadas, diminui sua potência de agir, tornando-o desanimado, servo e prisioneiro das condutas morais da sociedade. O afeto ação-alegria produz ideias adequadas, favorece a potência de ação do trabalho criativo e desperta o sentimento de gratidão pela reciprocidade do cuidado. O desejo possibilita a libertação ao permitir uma condução racional das atitudes que promovem a potência de ação presente na essência humana. Compreender esse dilema possibilita formular atitudes que impulsionem os afetos ações e refreiem os afetos paixões, regulando -os e conduzindo-os à liberdade.

Keywords