RevSALUS (Jan 2024)

Impacto do tipo de encosto na distribuição de pressões após push-up em pessoas com lesão medular

  • Sara Rodrigues,
  • Carlos Almeida,
  • Nuno Machado,
  • Ângela Fernandes

DOI
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.782
Journal volume & issue
Vol. 5, no. Supii

Abstract

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A lesão medular (LM) apresenta uma elevada prevalência. Na Europa há cerca de 330 mil indivíduos com lesão medular (LM) e Portugal apresenta a maior taxa de incidência de LM traumáticas (Barbiellini Amidei et al., 2022). Além disso, sabe-se que 75% dos usuários de cadeira de rodas (CR) são indivíduos com LM. A prescrição da cadeira mais adequada, leva a melhorias na participação e diminuição de problemas secundários como as úlceras de pressão, no entanto os estudos nesta área focam maioritariamente o assento/almofada e não o encosto (Fadil et al., 2022; Pedersen et al., 2022). Objetivo: Este estudo teve como objetivo verificar o impacto do tipo de encosto, flexível e rígido, de uma CR manual, na distribuição de pressões, na posição de sentado e após push-up em indivíduos com LM, recorrendo a um sistema de mapeamento de pressões. Material e Métodos: Estudo experimental, cross-over, randomizado. A amostra não probabilística por conveniência é formada por 20 participantes, pertencentes ao Centro de Reabilitação do Norte. Para caracterização da amostra aplicou-se um questionário sociodemográfico, a escala de Braden, a media de independência funcional e o funcional reach test. A recolha de dados foi realizada com o sistema de mapeamento de pressões BodiTrak2 Lite, respeitando a randomização. A análise de dados foi realizada com o software Statistical Package for the Social Sciences, versão 28. Resultados: Os resultados entre encostos apresentam diferenças significativas, nas variáveis Coeficiente de variância e Área de contacto, p=0,025 e p=0,035, respetivamente, com valores melhores no encosto rígido. Nas diferenças entre a posição de sedestação e após push-up encontram-se diferenças significativas em todas as variáveis, exceto na variável da área de contacto no encosto rígido (p=0,205), que mesmo assim apresenta melhores valores médios. Conclusões: O encosto rígido apresenta uma melhoria em todas as variáveis, mostrando ser mais eficaz na distribuição das pressões comparativamente com o encosto flexível, tanto em sedestação como pós push-up.

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