Revista de Artes Marciales Asiáticas (Jul 2017)

O wushu como uma ferramenta para o desenvolvimento motor, cognitivo e socioafetivo na escola: um estudo exploratório

  • Everton de Souza da Silva,
  • Diego Pereira Alves,
  • Marcelo Augusto P. dos Santos,
  • Lucas Ribeiro Dos Santos,
  • Sumara Brito Soares,
  • Bianca Miarka

DOI
https://doi.org/10.18002/rama.v12i1.4776
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 1

Abstract

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O presente trabalho investigou a utilização do wushu como ferramenta para o desenvolvimento motor, cognitivo e socioafetivo na escola entre professores de Educação Física (PEF) e comparou praticantes e não praticantes em conceito, compreensão e na aplicação de práticas ressignificadas no Ensino Fundamental I e II em São Paulo, no Brasil. Para isso, participaram 40 PEF, separados em dois grupos Praticantes de wushu (PW, n=27) e Não Praticantes de wushu (NPW, n=13). Todos responderam um questionário com 11 perguntas objetivas sobre a prática de wushu por escolares, com respostas em quatro escalas (“não atende”, “parcialmente”, “plenamente” e “supera”). Para comparar as respostas utilizou-se o teste de Mann Whitney, p<0,05. O resultado mostrou diferença entre os grupos, na qual PW consideram a modalidade um sistema válido para ensinar aspectos relacionados com as artes marciais para escolares, enquanto NPW acredita ser pouco eficiente. Ambos os grupos indicaram o wushu, como uma atividade que atende e supera as necessidades de desenvolvimento motor, cognitivo e socioafetivo em escolares. Em contrapartida, cerca de 30% dos NPW indicou que o wushu é difícil para ser utilizado em escolares e 40% desse grupo informou que as práticas de wushu durante a formação na graduação foram apenas parcialmente ou não foram realizadas de maneira clara. Esses resultados sugerem a possibilidade de haver relação entre a experiência dos professores na promoção de determinadas modalidades, podendo estar o ensino das artes marciais dependente do fato dos professores serem ou não praticantes.

Keywords