Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2021)

PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO PELO T. CRUZI EM DOADORES DE SANGUE

  • WS Teles,
  • RN Silva,
  • RC Torres,
  • A Debbo,
  • PCCS Junior,
  • AMMS Barros,
  • ALJ Morais,
  • MC Silva,
  • MHS Silva,
  • MF Costa

Journal volume & issue
Vol. 43
p. S358

Abstract

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Introdução: A doença de Chagas humana (DC) constitui uma endemia predominantemente rural, com a estimativa de prevalência da infecção de 16 a 18 milhões de indivíduos nos diversos países do continente americano, estando relacionada a fatores ambientais, sociais e políticos. Na década de 1970, as transfusões de sangue se concentravam nas grandes cidades brasileiras onde a tecnologia era rudimentar, existia alta proporção de doadores remunerados, não havia controle do produto transfundido e a cobertura de testes sorológicos para doença de Chagas em doadores de sangue era menor que 20%. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo conhecer a prevalência de Trypanosoma cruzi entre os candidatos a doação de sangue, em um hemocentro de uma região do nordeste brasileiro. Material e métodos: Os dados foram obtidos pelo sistema informatizado do Hemocentro no período de janeiro a dezembro no ano de 2019. Os métodos utilizados para a triagem sorológica foi ELISA (ensaio imunoenzimático), e os testes confirmatório através do IFI (imunofluorescência indireta). Resultados: Do total de 26.831 pessoas que doaram em 2015, houve um percentual de 94,3% de bolsas liberadas pela sorologia; 5,6% foram reagentes para alguma doença infecciosa e, dessas, 5,5% tiveram bolsas bloqueadas por apresentarem sorologia reagente para doença de Chagas, desses, sendo que das bolsas bloqueadas, apenas 13 pacientes (65%) tiveram sorologia reagente confirmada para Chagas, destes; 76,9% eram do sexo masculino e 23,0% do sexo feminino, e a idade foi entre 28 e 58 anos e média de idade entre estes foi de 44 anos. Discussão: A pesquisa mostrou uma diminuição da doença de chagas em relação aos anos anteriores, no entanto se faz necessário maior ênfase nas entrevistas realizadas na triagem clínica e sorológicas para reduzir a contaminação pelo Trypanossoma cruzi em bancos de sangue. Conclusão: Conhecer o perfil do doador inapto é importante para a garantia da prática hemoterápica segura, evitando a transmissão de doenças infecciosas a partir da transfusão de sangue.