Brazilian Journal of Psychiatry (Jun 2012)

Socioeconomic influences on alcohol use patterns among private school students in São Paulo Influências socioeconómicas no padrão de consumo de álcool entre estudantes de escolas privadas em São Paulo

  • Danilo Locatelli,
  • Zila Sanchez,
  • Emerita Opaleye,
  • Claudia Carlini,
  • Ana Noto

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-44462012000200012
Journal volume & issue
Vol. 34, no. 2
pp. 193 – 200

Abstract

Read online

OBJECTIVES: To describe alcohol use by socioeconomic level and gender among private high school students in the city of São Paulo, Brazil. METHODS: Cross-sectional study of students in private schools in São Paulo. An anonymous self-administered questionnaire was distributed in the classroom. A total of 2,613 students were selected by the stratification and conglomerate methods. Chi-squared tests, t-tests and ANOVA were used to test for associations between alcohol use and gender and socioeconomic status; for binge drinking, an ordered logistic regression model was developed. RESULTS: Overall, 88% of students reported lifetime alcohol use, with 31.6% in combination with energy drinks. Half of the students (51.3%) reported alcohol use in the last month, most frequently beer (35.2%), alcopop (32%) and vodka (31.7%); 33.2% reported binge drinking in the last month (5 drinks per occasion). Most evaluated parameters showed higher rates of use among males and higher social classes. The regression model exhibited an increasing rate of binge drinking with increasing socioeconomic status. CONCLUSIONS: The results suggest that socioeconomic features help to define alcohol use among São Paulo students. Use behaviors such as binge drinking are more prevalent among students from the upper social classes.OBJETIVOS: Descrever o consumo de álcool por nível socioeconômico e gênero entre estudantes de ensino médio da rede privada na cidade de São Paulo. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra representativa da rede privada de ensino de São Paulo. Foi aplicado em sala de aula um questionário anônimo de autopreenchimento. 2.613 estudantes foram selecionados por método de estratificação e de conglomerados. Para verificar associação entre os padrões de consumo de álcool por gênero e nível socioeconômico, foi utilizado teste do qui-quadrado, teste t e ANOVA; para binge drinking, foi desenvolvido um modelo de regressão logística ordenada. RESULTADOS: O uso na vida de álcool foi referido por 88% dos estudantes, 31,6% já havia associado com energéticos. Metade dos estudantes (51,3%) declarou uso no mês, com predomínio de cerveja (35,2%), ice (32%) e vodka (31,7%); 33,2% referiu binge drinking no mês (5 doses por ocasião). A maioria dos parâmetros avaliados apresentou maiores índices de consumo entre os estudantes do gênero masculino e classes sociais mais favorecidas. O modelo de regressão apresentou crescente razão de chance de binge com o avanço do nível socioeconômico. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que aspectos socioeconômicos sejam diferenciais para o consumo de álcool entre estudantes paulistanos, com comportamentos de uso, como binge, mais prevalentes em classes mais favorecidas.

Keywords