Semina: Ciências Agrárias (Oct 2019)

Queijo de coalho com quitosana incorporada e como revestimento: efeito na viabilidade de Staphylococcus aureus e aceitação sensorial

  • Dayane de Melo Barros,
  • Danielle Feijó de Moura,
  • Tamiris Alves Rocha,
  • Anderson Emmanuel Silva Santos,
  • Michelle Rose de Oliveira Silva,
  • Silvio Assis de Oliveira Ferreira,
  • Roberta Albuquerque Bento da Fonte,
  • Erilane de Castro Lima Machado

DOI
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n6Supl3p3477
Journal volume & issue
Vol. 40, no. 6Supl3

Abstract

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O queijo de coalho é um produto lácteo típico da região Nordeste do Brasil e amplamente consumido pela população, contudo, a qualidade precária da matéria-prima utilizada associada à ausência de padronização no processo de fabricação torna-o susceptível à contaminação microbiana principalmente por Staphylococcus aureus. Em vista disso, objetivou-se avaliar a influência da quitosana como revestimento e incorporada em queijo de coalho sob a viabilidade de S. aureus e a aceitação sensorial do queijo. Para isso, foram produzidos queijos de coalho com quitosana como revestimento e adicionada à massa nas concentrações 5 mg/mL, 10 mg/mL e 15 mg/mL e 1 mg/g, 2 mg/g e 4 mg/g, respectivamente. Produtos sem quitosana (C) e com ácido acético 1% (CA) foram usados como controles. A capacidade de inibição bacteriana da quitosana nas amostras artificialmente contaminadas foi avaliada por meio da comparação da contagem de células viáveis de S. aureus (ATCC 6538) em cada tratamento, no decorrer de cinco intervalos de tempo (0, 4, 8, 12 e 16 dias de armazenamento). O produto C foi avaliado quanto ao teor de umidade e gordura. As análises sensoriais e de estabilidade de prateleira foram realizadas com as amostras controles e tratadas com quitosana nas concentrações antibacterianas mais eficientes. As análises sensoriais foram realizadas com 100 consumidores. Verificou-se atividade antimicrobiana de quitosana em todos os tratamentos, porém, as concentrações mais elevadas de quitosana como revestimento e adicionada à massa, 15 mg/mL e 4 mg/g, respectivamente potencializaram a inibição do S. aureus. O teor de umidade e gordura atendeu aos padrões estabelecidos pela legislação brasileira em vigor. Quanto à estabilidade, as amostras cumpriram com os limites microbiológicos regulamentares e apresentaram valores de pH, acidez e atividade de água aceitáveis. No que se refere à aceitação sensorial, as pontuações equivaleram a conceitos hedônicos entre “gostei ligeiramente” e ”gostei muitíssimo”, verificando-se melhoria na textura dos produtos com quitosana incorporada. Valores de aceitabilidade foram maiores que 70 %, exceto no quesito sabor dos produtos com quitosana em cobertura, com 68,3 %. Pode-se inferir que a utilização de quitosana como cobertura e incorporada em queijo de coalho é uma alternativa favorável na conservação deste produto evidenciando potencial aplicabilidade comercial.

Keywords