Cadernos de Saúde Pública (Aug 2001)

Aspectos históricos e metodológicos da medição e estimativa da taxa metabólica basal: uma revisão da literatura Historical and methodological aspects of the measurement and prediction of basal metabolic rate: a review

  • Vivian Wahrlich,
  • Luiz Antonio dos Anjos

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2001000400015
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 4
pp. 801 – 817

Abstract

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A taxa metabólica basal (TMB) é uma das informações fisiológicas mais importantes em estudos nutricionais clínicos ou epidemiológicos, seja para se determinar as necessidades energéticas ou calcular o gasto energético de indivíduos ou populações. O presente artigo discute, com base numa revisão da literatura, a importância e os aspectos mais relevantes da medição da TMB. Inicialmente, faz-se um histórico do desenvolvimento dos conceitos e da técnica de medição da TMB até os dias atuais. São discutidos os fatores individuais (idade, antropometria, tabagismo, atividade física, dieta, ciclo menstrual e etnia) e os possíveis fatores ambientais presentes na hora da medição (temperatura, local e repouso) que podem influir no valor da TMB. Apresenta-se as várias equações de predição de TMB disponíveis, em especial a sugerida pela Organização Mundial da Saúde em 1985, e discute-se os estudos realizados desde então, que tentam validar seu uso internacionalmente, particularmente, em populações vivendo nos trópicos. O artigo aponta para a necessidade de se obter mais informações sobre o metabolismo basal nos vários segmentos populacionais vivendo em diferentes regiões do mundo, para que melhores estimativas possam ser fornecidas tanto para o uso clínico quanto epidemiológico.This paper reviews the most relevant aspects of measuring basal metabolic rate (BMR). The authors discuss individual and lifestyle factors (age, anthropometry, smoking, physical activity, diet, menses, and ethnicity) as well as possible environmental factors at time of measurement which may alter BMR values. Various available predictive equations, especially those recommended by the World Health Organization in 1985, and subsequent validation studies, particularly in populations living in the tropics, are presented. The review indicates the need for more information on BMR from populations living in different parts of the world so that better estimates can be provided for clinicians and epidemiologists.

Keywords