Rasbran (Mar 2022)
Avaliação do Consumo Alimentar Durante o Distanciamento Social Devido à Pandemia de COVID-19 em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Abstract
Objetivo: Analisar o consumo alimentar durante o distanciamento social em adultos residentes em Belo Horizonte, Minas Gerais. Metodologia: Foi utilizado um questionário autoaplicável com questões retiradas da Vigitel 2019 e outras relacionadas ao estresse e comportamento alimentar. Os participantes receberam o link do questionário no Google forms via mídias sociais, esses eram entre a faixa dos 20 aos 59 anos de idade, que se enquadraram aos critérios de inclusão do estudo. Os critérios de exclusão foram: grávidas, alcoolista, fumantes, pessoas em tratamento dietético e/ou uso medicação psiquiátrica, indivíduos diagnosticados com transtorno alimentar e/ou com a COVID-19 durante a pandemia, além da população que não permaneceu em distanciamento social, saindo para atividades de natureza social. O cálculo amostral foi de 439 entrevistados feito com base em um tamanho de efeito de 0,10; valor esse calculado através de uma amostra piloto com o poder do teste de 80% e intervalo de confiança de 90%, a computação amostral foi realizada pelo programa GPower versão 3.1 . Resultados: Um total de 382 pessoas responderam ao questionário, destes 68% eram do sexo feminino e 32% do sexo masculino. Cerca de 69% estavam na faixa etária entre 20 e 29 anos de idade e 40,4% dos participantes possuíam ensino superior incompleto. Observou-se o aumento do consumo de doces, massas e ultraprocessados relacionados com o estresse pelas mulheres; já na população masculina observou-se o consumo inferior destes alimentos. A ingestão de hortaliças apresentada pelos participantes foi inferior ao resultado da VIGITEL de 2019, já o consumo de alimentos ultraprocessados foi superior. Conclusão: A pandemia causada pela COVID-19 levou a alterações nas práticas alimentares da população de Belo Horizonte, observando-se a diminuição da frequência do consumo de alimentos in-natura e minimamente processados e o aumento da ingestão de alimentos industrializados, relacionados ao estresse.