Cadernos de Saúde Pública (Mar 1991)

Parasitismo intestinal entre o grupo indígena Zoró, Estado de Mato Grosso (Brasil)

  • Carlos E. A. Coimbra Jr.,
  • Ricardo Ventura Santos

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-311X1991000100009
Journal volume & issue
Vol. 7, no. 1
pp. 100 – 103

Abstract

Read online

Essa nota relata os resultados de inquérito parasitológico realizado entre o grupo indígena Zoró (Mato Grosso). Dentre os 173 exames realizados, foram encontradas 9 (5,2%) amostras positivas para Ancilostomtdeos, 4 (2,3%) para Trichuris trichiura, 5 (2,9%) para Hymenolepis nana, 17 (9,8%) para Giardia lamblia, 5 (2,9%) para Balantidium coli e 29 (16,8%) para Entamoeba histolytica. Os autores observam a baixa prevalência de helmintoses e chamam a atenção para a possibilidade de controle dessas parasitoses em comunidades indígenas por meio de medicação em massa. Discutem, também, as implicações epidemiológicas da prática de criar porcos selvagens no peridomicílio na transmissão do B. coli.This paper reports on the results of a parasitological survey conducted among the Zoró Indians (Mato Grosso). From the total of 173 stool samples, 9 (5.2%) were positive for Ancilostomidae, 4 (23%) for Trichuris trichiura, 5 (2.9%) for Hymenolepis nana, 17 (9.8%) for Guardia lamblia, 5 (2.9%) for Balantidium coli, and 29 (16.8%) for Entamoeba hislolytica. The authors note the low prevalence of helminths and call attention for the possibilities of achieving control of these parasites among Amerindian communities by means of mass treatment. The authors also discuss the epidemiological implications of the practice of rearing mid pigs near the houses in the transmission of B. coli.