Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (Aug 2014)

Diagnóstico e manejo do herpes-zóster pelo médico de família e comunidade

  • Pedro Alexandre Barreto Coelho,
  • Priscila Barreto Coelho,
  • Natalia de Campos Carvalho,
  • Michael Schmidt Duncan

DOI
https://doi.org/10.5712/rbmfc9(32)994
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 32

Abstract

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O herpesvírus que causa a varicela (catapora) persiste de forma latente no sistema nervoso, podendo se reativar e propagar através das raízes nervosas e se manifestar de forma tardia através de lesões cutâneas dolorosas, condição essa denominada herpes-zóster. O diagnóstico é primariamente clínico, devendo ser feito diagnóstico diferencial com impetigo, dermatite de contato, dermatite herpetiforme e, também, com o próprio herpes simples. Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento deve ser instituído nas primeiras 72 horas após a erupção das lesões e tem como base a terapia antiviral. Dentre os antivirais, o valaciclovir e o fanciclovir têm eficácia superior quando comparados ao aciclovir. A complicação mais frequente do herpes-zóster é a neuralgia pós-herpética, usualmente manejada com antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes, lidocaína tópica ou capsaicina. Recentemente foi introduzida no Brasil uma vacina de vírus atenuado para o herpes-zóster, composta pelo mesmo vírus da vacina contra varicela, porém em concentração maior. Entretanto, essa vacina ainda apresenta custo elevado e não está disponível no Sistema Único de Saúde.

Keywords