Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Oct 2011)

Aspiração manual intrauterina no tratamento do abortamento incompleto até 12 semanas gestacionais: uma alternativa à curetagem uterina Manual vacuum aspiration uterine treatment of incomplete abortion to 12 gestational weeks: an alternative to curettage

  • Marcio Pedroso Saciloto,
  • Cristine Kolling Konopka,
  • Maria Teresa de Campos Velho,
  • Flávio Cabreira Jobim,
  • Elaine Verena Resener,
  • Raquel Rodrigues Muradás,
  • Panait Kosmos Nicolaou

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-72032011001000004
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 10
pp. 292 – 296

Abstract

Read online

OBJETIVO: Analisar a eficácia e a ocorrência de complicações, além do tempo de permanência hospitalar e as perdas sanguíneas. MÉTODOS: Trinta pacientes foram selecionadas, alternada e consecutivamente, em um dos grupos (15 no Grupo Curetagem e 15 no Grupo de Aspiração manual intrauterina). As variáveis analisadas foram: eficácia do método, ocorrência de complicações, tempo pré-procedimento, tempo de execução do procedimento, tempo pós-procedimento e tempo total de permanência hospitalar, além de hematócrito e hemoglobina, medidas antes e após o procedimento. As pacientes foram avaliadas clinicamente 10 a 14 dias após o procedimento. Para a análise estatística, foram aplicados testes paramétricos e não-paramétricos e o nível de significância admitido foi de p>0,05. RESULTADOS: Ambos os métodos foram eficazes e não foi registrada nenhuma complicação. As perdas sanguíneas foram semelhantes e o tempo de permanência hospitalar foi significativamente menor no Grupo de Aspiração Manual Intrauterina (p=0,03). CONCLUSÃO: a aspiração manual intrauterina é tão eficaz e segura quanto à curetagem uterina, com a vantagem de necessitar menor tempo de permanência hospitalar, o que aumenta a resolutividade do método, melhorando a qualidade da assistência a essas pacientes.PURPOSE: To analyze the effectiveness and occurrence of complications, in addition to hospitalization time and blood losses. METHODS: Thirty patients were assigned alternatively and consecutively to one of two groups (15 to the Curettage Group and 15 to the Manual Vacuum Aspiration Group). The following variables were analyzed: effectiveness of the method, occurrence of complications, time before the procedure, time of execution of the procedure, time after the procedure, and total time of hospital permanence, in addition to hematocrit and hemoglobin, which were measured before and after the procedure. Patients were evaluated clinically 10 to 14 days after the procedure. Parametric and nonparametric tests were used for statistical analysis, with the level of significance set at p>0.05. RESULTS: Both methods were efficient and no complications were recorded. Blood losses were similar in the two groups, but the hospitalization time was significantly shorter for the Manual Vacuum Aspiration Group (p=0.03). CONCLUSION: Manual vacuum aspiration is as efficient and safe as uterine curettage, with the advantage of requiring shorter hospitalization, which increases the resolution of the method, improving the quality of care for these patients.

Keywords