Revista Brasileira de Cancerologia (Sep 2022)

Análise da porcentagem da DNA ploidia e de células em fase S, determinada por citometria de fluxo e por outras variáveis prognosticas em carcinomas primários de mama

  • Edison Mantovani Barbosa

DOI
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1998v44n1.2797
Journal volume & issue
Vol. 44, no. 1

Abstract

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Analisaram-se a DNA ploidia e a porcentagem de células em fase S, determinadas por citometria de fluxo, em biópsias de 69 carcinomas mamários. Outras variáveis prognosticas foram estudadas: 1. clínicas (raça, idade, estado menstruai, estadiamento, tamanho do tumor e a avaliação dos linfonodos axilares); 2. histológicas (comprometimento metastático dos linfonodos axilares, embolização de células neoplásicas em vasos linfáticos e sanguíneos, grau de diferenciação histológica, número de mitoses e necrose tumoral); 3. Bioquímicas (receptores de estradiol e progesterona). Cotejaram-se estas variáveis com o estudo da DNA ploidia e porcentagem de fase S. Notou-se haver uma associação significativa entre a DNA diploidia em pacientes com idade acima de 50 anos, tumores de tamanho ou igual a 2,0 cm, receptores de estradiol e receptores de progesterona. Observou-se também uma associação significativa entre a porcentagem de fase S >7,15 e pacientes na pré-menopausa, receptores de estradiol negativo e comprometimento metastático linfonodal. Constatou-se que as pacientes com tumores classificados como DNA aneuplóides, com fase S maior que 7,15, apresentaram metástases mais freqüentes e sobrevida menor que aquelas com tumores DNA diplóides e fase S menor que 7,15. Sob o ponto de vista do prognóstico pode-se constatar a importância do estudo do DNA, particularmente para o grupo pNO. Verificou-se a viabilidade de esta técnica ser realizada em nossa rotina para o estudo prognóstico do câncer de mama.

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