Revista Brasileira de Ortopedia (Jan 2011)
Prevalência das lesões associadas na luxação recidivante traumática do ombro Prevalence of lesions associated with traumatic recurrent shoulder dislocation
Abstract
OBJETIVO: Avaliar a prevalência das lesões associadas à instabilidade anterior traumática do ombro e a relação entre o número de episódios e o tempo do início dos sintomas com a prevalência destas lesões. MÉTODO: Foram selecionados 57 pacientes com instabilidade anterior traumática do ombro, entre 18 e 40 anos, com mais de um episódio de luxação do ombro e com no mínimo, seis meses da primeira luxação, que necessitaram de cirurgia para tratamento da instabilidade. Foi realizada inspeção artroscópica em todos os pacientes para avaliação das lesões associadas. RESULTADOS: Foi avaliada a prevalência das lesões, sendo a lesão de Bankart a mais prevalente seguida pela lesão de Hill-Sachs e as lesões do manguito rotador as menos prevalentes. Não houve correlação comparando o número de episódios de luxação com a prevalência de lesões associadas. Já em relação ao tempo de sintomas, os pacientes com maior tempo de sintomas tiveram menos lesão de Hill-Sachs. CONCLUSÃO: Não foi possível afirmar que, em pacientes com instabilidade crônica do ombro, as lesões associadas aumentam com o tempo de sintomas ou com o número de episódios de luxação.OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of lesions associated with traumatic anterior shoulder instability and the relationships between the prevalence of these lesions and the number of episodes and time since symptoms started. METHOD: Fifty-seven patients aged 18 to 40 years, with traumatic anterior shoulder instability, more than one episode of shoulder dislocation and at least six months since the first dislocation, who required surgery to treat the instability, were selected. Arthroscopic inspection was performed on all the patients to assess any associated lesions. RESULTS: The prevalence of lesions was assessed, and Bankert lesions were the most prevalent, followed by Hill-Sachs lesions, while rotator cuff injuries were the least prevalent. There was no correlation from comparison between the number of episodes of dislocation and the prevalence of associated lesions. On the other hand, in relation to the time since symptoms started, the patients who had had symptoms for longer times had fewer Hill-Sachs lesions. CONCLUSION: It was not possible to affirm that, in patients with chronic shoulder instability, the numbers of associated lesions increased with the time since symptoms started, or with the number of episodes of dislocation.
Keywords