Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança (Dec 2011)

O USO DA ULTRASSONOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO E SEGUIMENTO DE NÓDULOS TIREOIDIANOS

  • Cláudio Emmanuel G. da Silva Filho,
  • Michelle Garcia Ximenes Quintans,
  • Laís Julyanna Jordão Silva dos Santos,
  • Rafael Eugênio Lazarotto,
  • Felipe Brandão dos Santos Oliveira

DOI
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 2
pp. 72 – 79

Abstract

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Os nódulos tireoidianos (NT) são lesões frequentes na população em geral, com uma prevalência de até 67%. O diagnóstico aumenta com a utilização da ultrassonografia (USG) devido a ser um método simples, não invasivo e por ter uma alta sensibilidade em detectar alterações estruturais da glândula tireoide, torna-se um exame muito utilizado na avaliação inicial e no seguimento de lesões nodulares da tireoide. O respectivo trabalho trata de uma revisão sistemática da literatura sobre NT e a utilização da USG para diagnóstico e seguimento. O NT é clinicamente encontrado em até 10% da população, quando se utiliza a ultrassonografia como ferramenta, este número eleva-se exponencialmente podendo chegar a até 67%. Para melhor caracterizar o achado, dispõe-se de uma classificação ultrassonográfica utilizada para avaliação destes NT, sendo observado o conteúdo, o tamanho, a ecogenicidade, os contornos, fluxo sanguíneo, halo periférico hipoecoico e existência de microcalcificações, tornando-se uma ferramenta de importante valia, quando solicitado para avaliação da imagem tireoidiana. Demonstra-se a evidente relevância do exame como auxílio no diagnóstico e seguimento dos NT, existindo achados muito característicos de lesões benignas, como também de lesões malignas. Na maioria dos casos, os achados possuem uma alta especificidade, mas baixa sensibilidade, o que demonstra a importância da associação das características apresentadas pelo NT. Os achados mais específicos de malignidade são as microcalcificações e a presença de bordas irregulares, enquanto que a alteração mais sugestiva de benignidade é ter uma constituição cística. Assim, certificou-se que a USG é um ótimo método de acompanhamento para os nódulos malignos, pois se trata do exame mais particularizado para avaliar a presença de nódulos tireoidianos, além de ser importante na detecção de outras metástases cervicais. O acompanhamento dos nódulos benignos é feito pela possibilidade de conversão em uma lesão maligna, que ocorre em cerca de 5% dos casos.

Keywords