Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Aug 1991)

Plástica da valva mitral em pacientes consecutivos: como é a evolução tardia?: avaliação clínica e ecocardiográfica Mitral valve reconstruction: long-term follow-up

  • Pablo M. A Pomerantzeff,
  • José G Azevedo,
  • Miguel Ratti,
  • Álvaro V Moraes,
  • Marisa Amato,
  • Max Grinberg,
  • Ana C Monteiro,
  • Luiz B Puig,
  • Noedir A. G Stolf,
  • Geraldo Verginelli,
  • Adib D Jatene

Journal volume & issue
Vol. 6, no. 2
pp. 63 – 79

Abstract

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Foram estudados no pós-operatório tardio 39 pacientes submetidos a plástica da valva mitral por insuficiência ou dupla lesão. A idade média dos pacientes foi de 30,5 anos com desvio padrão de 17,2 anos sendo 24 (61,50%) pacientes do sexo feminino e 15 (38,50%) do sexo masculino. Foram realizadas 21 anuloplastias com anel de Carpentier, com tira posterior, cinco anuloplastias tipo Merendino, e uma anuloplastia tipo Kay. Não houve óbito imediato neste grupo de pacientes. Vinte e três (58,97%) pacientes apresentavam em sua história sintomas relacionados a febre reumática, 12 (30,76%) pacientes com etiologia não definida e quatro (10,25%) com degeneração mucóide. O tempo de evolução foi de 1497 meses/pacientes, com média de 38,39 meses e desvio padrão de 16,08 meses. No período de pós-operatório tardio 34 (87,74%) pacientes estavam em classe funcional I (NYHA) sendo que ocorreram dois (5,12%) óbitos tardios e dois (5,12%) pacientes foram reoperados. As taxas linearizadas dos eventos reoperação e tromboembolismo foram respectivamente de 1,6% e 0,8% por paciente/ano. A estimativa da função de sobrevida é de 94,87%. Na avaliação ecocardiográfica comparando-se os valores pré e pós-operatórios encontramos diminuição significativa do diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo (p = 0.0001), do diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo (p = 0.0001), e do diâmetro do átrio esquerdo (p = 0.0001). O estudo ecodopplercardiográfico pós-operatório demonstrou não haver alteração da área valvar ao esforço. A análise dos dados permite concluir que os pacientes submetidos a plástica da valva mitral apresentam estimativa de sobrevida e evolução clínica satisfatórias.Thirty-nine patientes with mitral insufficiency or mitral stenosis and incompetence submitted to valvular repair were evaluated in the late postoperative period. Mean age of the patients was 30.5 years, with standard deviation of 17.2 years. Twenty-four patients were females (61.5%) and 15 (38.5%) males. Twenty-one Carpentier ring annuloplasties, 12 repair with a posterior sling, five Merendino type annuloplasties and one Kay type annuloplasty were performed. Twenty-three (58.97%) patients presented symptons related to rheumatic fever disease, 12 (30.76%) had no definite etiology and four (10.25%) presented mucoid degeneration occurred in this series. Evolution time was 1497 months/standard (meam 38.39 months and Standard deviation of 16.08 months). In the late postoperative period 34 (87.74%) patients were in NYHA functional class I. Two late deaths (5.12%) occurred, and two (5.12%) patients were reoperated on. Linearilized rates of the reoperation and thromboembolism events were 1.6% and 0.8% per patient/year, respectively. Estimated survival rate was 94.87%. Echocardiographic evaluation of the pre and postoperative values demonstrated significant decrease of the left ventricular diastolic diameter (p = 0.0001), of the left ventricular systolic diameter (p = 0.0001) of the left venticular systolic diameter (p = 0.0001) and of the left atrial diameter (p = 0.0001). The postoperative Doppler echocardiograpfic studies demonstrated absence of valvular area changes at effort. It was possible to conclude that patients submitted to mitral valve repair benefited from higher survival rates and satisfactory clinical evolution.

Keywords