DST (Dec 2007)

Neurossífilis congênita

  • Maria Luiza B Menezes,
  • Carlos Alberto S Marques,
  • Tereza Maria A Leal,
  • Márcio C Melo,
  • Priscila R Lima

Journal volume & issue
Vol. 19, no. 3-4

Abstract

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Introdução: a sífilis é grave quando transmitida para o feto e invade o sistema nervoso central (SNC). Entretanto, o diagnóstico correto de neurossífilis congênita (NSC) é um dilema, pois testes para sífilis reagentes no LCR são raros. Como critério indireto, o nível mínimo de proteinorraquia passou de 100 para 150 mg/dL, segundo o Ministério da Saúde, em 2003. Objetivo: verificar a prevalência de sífilis congênita (SC) e NSC, avaliar a taxa de falso-positivos (FP) e verdadeiro-positivos (VP) do critério antigo e determinar as diferenças nos títulos de VDRL materno e neonatal e a evolução clínica entre os FP e os VP. Métodos: dados secundários de casos notificados como SC e NSC da Maternidade da Universidade de Pernambuco – Nordeste do Brasil, no período de junho de 1998 a junho de 2003, constituíram um banco de dados e análise pelo Epiinfo, versão Windows 3.3.2. Os dois critérios de NSC foram comparados, por estudo transversal analítico e de validação de teste diagnóstico, verificaram-se os percentuais de FP e VP do critério antigo e adotou-se o teste do qui-quadrado para a avaliação das diferenças de títulos de VDRL e ocorrências neonatais entre os FP e os VP. Resultados: 1.036 entre 32.246 nascidos vivos (3,21%) foram diagnosticados com SC, 360 (34,7%) tinham NSC pelo critério antigo, 282 (27,2%) confirmados pelo critério novo (78,3% dos antigos), representando 78 casos (21,7%) de FP. Não houve diferença significante (p > 0,05) entre os títulos de VDRL e ocorrências (icterícia, infecção, conjuntivite e hipoxia) entre os FP e os VP. Conclusão: a SC, principalmente a NSC, permanece como um grave problema de saúde pública.

Keywords