Revista da Fundarte (Sep 2020)

PERSPECTIVAS ETNOGRÁFICAS E INFÂNCIAS INDÍGENAS: MODOS DE SER DAS CRIANÇAS ASURINÍ E BANIWA

  • Amanda Rodrigues Marqui,
  • Xanda de Biase Miranda

Journal volume & issue
Vol. 42, no. 42
pp. 01 – 28

Abstract

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Este artigo trata da experiência de pesquisa com crianças em dois contextos socioculturais distintos (MIRANDA, 2014; MARQUI, 2017), onde a observação etnográfica de questões semelhantes contribui para debates teóricos específicos. Diferentes modos de ser criança indígena, ser criança Asuriní ou Baniwa em suas formas particulares de “brincar-experimentar-trabalhar-descobrir-aprender” (LOPES DA SILVA, 2002) são observadas em espaços fisicamente similares, o rio e os pátios, mas ontológica e socialmente singulares. Partindo da ótica da chamada “antropologia da criança”, que reitera o questionamento da naturalização da infância e reconhece a agência infantil na produção da cultura (COHN, 2005), as experiências dialogam com a noção de Pessoa (VIVEIROS DE CASTRO, DAMATTA; SEEGER, 1979), “arqui-categoria” que deixou sua marca na antropologia sul americana nas últimas décadas, e com questões colocadas pelo parentesco e organização social.

Keywords