Debates em Psiquiatria (Apr 2013)

Quando a gestação e a bipolaridade da paciente se tornam realidade

  • Jerônimo de A. Mendes Ribeiro,
  • Joel Rennó Jr.,
  • Hewdy Lobo Ribeiro,
  • Amaury Cantilino,
  • Gislene Valadares,
  • Renan Rocha,
  • Renata Demarque,
  • Juliana P. Cavalsan,
  • Antônio Geraldo da Silva

DOI
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2013.v3.369
Journal volume & issue
Vol. 3, no. 2

Abstract

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Há até pouco mais de 10 anos, médicos aconselhavam mulheres com transtorno bipolar a não terem filhos. Apesar desse pensamento ser agora ultrapassado, elas ainda enfrentam decisões, muitas vezes difíceis, sobre como lidar com seu tratamento durante a gravidez. A maioria das drogas prescritas para o transtorno bipolar estão associadas a algum risco de malformações congênitas, mas as pacientes que interrompem a medicação têm um alto risco de recaída de um episódio depressivo, maníaco ou misto. Durante o período puerperal, a taxa de recaída é ainda maior, chegando a 50% a 70%, segundo algumas estimativas. E mais alarmante ainda: mulheres com transtorno bipolar têm um risco 100 vezes maior do que outras mulheres de desenvolverem psicose pós-parto, uma condição grave que pode resultar em suicídio materno e infanticídio.

Keywords