Cadernos de Saúde Pública (Jun 2012)
Prevalência do exame preventivo de câncer do colo do útero em Rio Branco, Acre, Brasil, e fatores associados à não-realização do exame Prevalence of uterine cervical cancer testing in Rio Branco, Acre State, Brazil, and factors associated with non-participation in screening
Abstract
O objetivo do estudo foi determinar a prevalência autorreferida do exame preventivo de câncer do colo uterino em Rio Branco, Acre, Brasil, e avaliar fatores associados com a não realização do exame. Trata-se de estudo transversal de base populacional, composto por 772 mulheres de 18 a 69 anos residentes em Rio Branco, no período 2007 a 2008. Os dados foram analisados no programa Stata 10.0 e estimadas razões de prevalências a partir da regressão multivariada de Poisson. O percentual de mulheres na população alvo que relatou pelo menos um exame nos últimos três anos foi de 85,3%, com acentuada utilização do Sistema Único de Saúde (72,8%). Foram encontradas razões de prevalência estatisticamente significativas quanto à ausência do exame em mulheres de 18 a 24 anos, de 60 a 69 anos, solteiras, com menor renda e baixa escolaridade. As magnitudes encontradas nas razões de prevalência foram consistentes com achados de outros estudos, apontando maior necessidade de intervenção no grupo de mulheres mais vulneráveis à incidência e mortalidade por câncer do colo do útero.The objective of the study was to determine the self-reported prevalence of uterine cervical cancer testing in Rio Branco, Acre State, Brazil, and to analyze factors associated with non-participation in screening. A population-based cross-sectional study with a sample of 772 women 18 to 69 years of age and living in Rio Branco was conducted in 2007 and 2008. Data were analyzed with Stata 10.0, and prevalence rates were estimated with Poisson multivariate regression (95%CI). 85.3% of women reported at least one cervical cancer screening test in the previous three years. The majority of women (72.8%) were screened in the Brazilian Unified National Health System. After adjusting for selected variables, statistically significant prevalence rates for absence of screening were found in women 18-24 and 60-69 years of age, single, and with low income and low schooling. The prevalence rates were consistent with findings from other studies, highlighting the need for greater intervention in the group of women most vulnerable to cervical cancer incidence and mortality.
Keywords