Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2023)

ÓBITOS POR TUBERCULOSE EM ADULTOS NO ESTADO DO PARANÁ NOS ANOS DE 2016 A 2022

  • Renata Pires de Arruda Faggion,
  • Ana Beatriz Floriano de Souza,
  • Camila dos Santos Peres,
  • Carla Fernanda Tiroli,
  • Emely Gabriele Ruthecoski Ferreira,
  • Francielly Palhano Gregorio,
  • Laura Alves Moreira Novaes,
  • Natalia Marciano de Araujo Ferreira,
  • Raquel Bragueto Ruiz,
  • Giovanna Yamashita Tomita,
  • Gilselena Kerbauy,
  • Tissiane Soares Seixas de Mattos,
  • Flávia Meneguetti Pieri

Journal volume & issue
Vol. 27
p. 103671

Abstract

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Introdução/objetivo: A infecção por tuberculose ainda continua representando um grave problema de saúde pública mundial. O Brasil é um dos países com alta incidência da doença, tendo as condições de mortalidade por tuberculose revertidas em 2021, quando mostrou aumento de 5.072 casos de mortes. O objetivo do estudo foi descrever os casos de óbito por tuberculose notificados em uma população adulta no estado do Paraná, segundo fatores sociodemográficos e epidemiológicos. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, realizado com base nos casos de óbitos notificados por tuberculose obtidos do Sistema Nacional de Agravos de Notificação, no período de 2016 a 2022, do estado do Paraná. A tabulação dos dados foi cruzada utilizando frequências simples por meio do software SPSS® versão 22.0. Resultados: Foram notificados 13.947 casos de tuberculose, com maior número de casos da infecção na forma pulmonar (67%; n = 9.338), em indivíduos adultos e com média de idade de 52 anos, mais da metade do sexo masculino (72,6%; n=10.127). Do total de casos notificados, 377 adultos evoluíram a óbito, com maior frequência de morte pela forma pulmonar (83%; n=313) nos anos de 2022, com 2.703 casos e 2021, com 2.376 casos. Desses óbitos, 313 (67,7%) tinham entre 19 a 59 anos; 248 (53,7%) apresentaram até 9 anos de escolaridade. Conclusão: Evidenciou-se a alta incidência de tuberculose pulmonar em adultos com evolução ao óbito, com idade entre 19 a 59 anos do sexo masculino, principalmente, em 2022 e 2021. Logo, ressalta-se a importância de ações em saúde para a prevenção, diagnóstico precoce e adesão ao tratamento medicamentoso.

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