Boitatá (Oct 2012)

O que escrever quer dizer, uma leitura de “Da cabula”

  • Julio Souto Salom,
  • Luciéle Bernardi de Souza

DOI
https://doi.org/10.5433/boitata.2012v7.e34836
Journal volume & issue
Vol. 7, no. 14

Abstract

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Focaremos neste artigo a relação entre as culturas dominadas ou populares, e a cultura dominante ou canônica, plasmada especialmente nos âmbitos da oralidade e a escrita. Para tal fim, servimo-nos como provocação da peça Da Cabula, de Allan da Rosa, contextualizada dentro da chamada Literatura Marginal. Nesta peça o tema central será a apropriação da escrita por uma mulher analfabeta, mas ao mesmo tempo, esta aquisição será compatibilizada com a afirmação da própria identidade e das raízes afrodescendentes. A partir das singularidades desta peça (considerando as conotações e as representações do enredo, aspectos formais como o registro escrito da oralidade, até a mesma apresentação gráfica do livro), e da trajetória da Literatura Marginal dentro do campo literário brasileiro, refletiremos nas possibilidades de empoderamento de sujeitos subalternos através das utilizações rituais da palavra.

Keywords