Revista Brasileira de Nutrição Esportiva (Feb 2024)

Quem é o atleta universitário no Brasil: Estudo transversal sobre o que buscam no aconselhamento nutricional e seus aspectos nutricionais

  • Gabriel de Barros Mariano,
  • Vinícius Suedekum da Silva,
  • Gabriela Lucciana Martini,
  • Carolina Guerrini de Souza

Journal volume & issue
Vol. 18, no. 108
pp. 99 – 110

Abstract

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Objetivo: identificar características nutricionais de atletas universitários de uma universidade no Sul do Brasil e o que buscam no aconselhamento nutricional. Materiais e Métodos: Estudo transversal realizado com atletas universitários da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Dados antropométricos, de ingestão alimentar, objetivos pela busca ao aconselhamento nutricional, rotina de treinos, consumo de álcool, fumo e suplementos alimentares foram avaliados. A análise estatística comprendeu teste de Kolmogorov-Smirnov para distribuição da amostra, teste de Qui-quadrado para comparar diferenças entre os sexos e número de consultas realizadas nas modalidades coletivas ou individuais, sendo adotado nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: A amostra foi composta por 50,1% de atletas do sexo feminino e 49,9% masculino. A frequência média de treinos foi de 3,3 (±1,7) vezes/semana e as modalidades coletivas englobaram 80% dos atletas atendidos. O principal objetivo no aconselhamento nutricional foi melhorar a composição corporal e apenas 17,4% dos atletas do sexo masculino e 20,4% do sexo feminino estavam com percentual de gordura corporal de acordo com o desejável. O consumo alimentar mostrou baixa ingestão de energia (1849,26 ±509,9 kcal) e carboidratos (3,21 ±1,05 g/kg) em relação ao recomendado para o esporte. Dentre os suplementos alimentares, o mais consumido foi Whey Protein (62,5%), porém menos de 1/3 da amostra referiu fazer uso de suplementos. Conclusão: Os atletas universitários avaliados possuem um perfil nutricional semelhante a atletas amadores e não de alto rendimento. O percentual de gordura elevadol na maior parte do grupo, frequência de treinos mediana e ingestão alimentar com inadequações importantes sustentam esta hipótese.

Keywords