Geriatrics, Gerontology and Aging (Nov 2024)

Predição Do Risco Futuro De Tromboembolismo Venoso Em Idosos No Ambulatório

  • Fernanda Lyrio Borgo,
  • Débora Carolina Netz Sanches,
  • Daniela Cristina Kihara

Journal volume & issue
Vol. 7
pp. 274 – 278

Abstract

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A incidência de tromboembolismo venoso eleva-se com a idade. A presença de fatores de risco é a condição inicial para o estabelecimento de suspeita clínica e realização de adequada profilaxia. Objetivo: Identificar risco futuro para tromboembolismo venoso, de acordo com as características de cada indivíduo no ambulatório de geriatria e avaliar a necessidade de prevenção mais ativa. Método: Foi aplicado o questionário QThrombosis, desenvolvido e validado pela University Park, Nottingham (Reino Unido), na Divisão de Cuidados Primários, publicado na British Medical Journal em 2011, com a revisão de prontuários, calculando, assim, o risco absoluto de tromboembolismo venoso. Resultados: Foram avaliados 160 prontuários, incluindo 119 de mulheres e 41 de homens, com média de idade de 76,4. Observamos que a maioria dos pacientes se encontra na faixa de risco de 0-0,5% no ano um, e, no ano cinco, na faixa 1,1-5,0%. Nenhum paciente teve risco maior que 10% com um ano e, em cinco anos, encontramos que 1,25% dos pacientes têm risco maior que 10%, sendo que o intervalo de confiança desse percentual deve estar entre 0,15% a 4,44%. Conclusão: O envelhecimento envolve alterações que podem aumentar o risco de tromboembolismo venoso. Ao avaliarmos essa população, identificamos que o risco médio para tromboembolismo venoso em um e cinco anos não justifica a implantação de medidas profiláticas sistemáticas no ambulatório para tromboembolismo venoso. O recomendado é individualizar cada caso, pois o evento é grave e potencialmente fatal, podendo trazer muitos prejuízos ao paciente, impactando todo o seu contexto de vida.

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