Análise comparativa da proporção de óbitos segundo causas, de dentistas na cidade de São Paulo
Abstract
Descreve-se a mortalidade proporcional de dentistas residentes na cidade de São Paulo, entre 1980 e 2000, segundo causas de óbito, em busca de possíveis indicações de risco atribuíveis ao trabalho, com dados levantados na Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. A análise comparativa usou informações análogas para médicos e engenheiros. O estudo dos diferenciais de óbito segundo causa básica indicou a ausência de alterações significantes, apontando risco potencial de óbito aumentado para dentistas em relação a médicos e engenheiros. Os óbitos de dentistas não apresentaram piores indicadores para categorias globais e específicas de doenças infecciosas, neoplasias, suicídio, doenças do sistema nervoso central e do aparelho circulatório. Foi observada indicação de excesso sistemático de óbitos de engenheiros por causas externas em geral, por acidentes de trânsito, quedas acidentais e demais acidentes em particular. Registrou-se a ausência de discrepâncias significantes que apontassem para risco diferencial atribuível ao trabalho de dentistas. Essa observação sugere que a Odontologia pode ser considerada uma profissão segura, ao menos no que diz respeito à exposição a riscos sistemáticos de óbito.